Um passeio de inverno pela Ericeira, entre bicicletas e surf

O surf corre nas veias da Ericeira, mas não é o único motivo de visita. Em redor da vila há trilhos para pedalar, petiscos e cervejas artesanais, bonitas paisagens e um novo alojamento para dormir com todo o conforto, em casal ou em família.

De ténis, calções e capacete na cabeça, Guilherme Caetano pedala energicamente à frente do grupo, enquanto o estacionamento de Ribeira de Ilhas vai ficando cada vez mais mais para trás. “Esta praia é uma das que integra a Reserva Mundial de Surf da Ericeira, única na Europa e que permite que tanto principiantes como surfistas mais experientes possam surfar sete ondas de classe mundial”, explica, parado no topo da falésia e com o sol a pôr-se em tons de laranja.

O desafio é percorrer 15 quilómetros circulares, de dificuldade média-fácil, num passeio de BTT pelos caminhos que contornam a reserva, por cima das escarpas. Mas a LIQUID EARTH, empresa de desporto e turismo de aventura sediada na vila, também organiza tours de bicicleta pela vila, aulas de surf e outras atividades de adrenalina ou cultura. Quem segue igualmente no passeio é Rui Silva, engenheiro civil muito viajado, mas que sempre guardou um carinho especial pela Ericeira.

(Fotografia de Leonardo Negrão/GI)

“Sempre tive ligação à Ericeira, por via da minha família e dos meus amigos. Era onde vinha passar férias”. Surfando a onda do turismo, Rui e a mulher Catarina investiram no alojamento ERICEIRA PRIME VILLAS, num terreno muito próximo do do centro e das praias. São seis vilas rodeadas de natureza, nas quais nada falta: quarto duplo ou twin, sala com kitchenette totalmente equipada, zona de estar com sofá-cama e secretária e um terraço equipado. Três das casas têm piscina própria.

No amplo jardim em baixo encontra-se a piscina comum, onde as crianças podem brincar sob o olhar atento dos pais. “O nosso espaço é muito procurado por famílias, e no caso de terem bebés ou crianças pequenas também disponibilizamos berços, carrinhos de passeio, cadeiras de refeições, banheiras de bebé e braçadeiras para utilizar nas piscinas, entre outros”, explica Rui. A pedido, é possível fazer também aulas de ioga e surf e levar um animal de companhia para a vila.

Aqui, tudo parece girar em torno do surf, prática que terá surgido entre o povo polinésio e chegado ao mundo ocidental no século XIX, segundo conta a história. Hoje é impossível não associar este desporto ao Havai e a outras estâncias mundiais, tal como às portuguesas praias da Nazaré, Santa Cruz, Cascais ou da Costa da Caparica. Por ser um dos mais concorridos destinos de surf na Europa, a Ericeira passou de vila piscatória e balnear a uma internacional “meca do surf”.

A magia do lugar surge em grande parte retratada na exposição coletiva de fotografia “LUZ E CORES DA ERICEIRA”, instalada em vários painéis na rua pedonal Dr. Eduardo Burnay, no centro histórico, até 28 de fevereiro. O município de Mafra desafiou 22 fotógrafos do concelho a captar a Ericeira e a costa do município pelas suas lentes e o resultado, à vista de todos, é um notável conjunto de fotografias em que predominam os azuis e os amarelos do mar e do pôr do sol.

No centro da vila, a luz quente é refletida pela calçada portuguesa e pelas casas brancas e azuis, e todas as ruas, travessas e ruelas desembocam em miradouros sobre o mar. É igualmente aqui que se encontram muitos e bons restaurantes de peixe – o ouriço-do-mar, considerado por alguns o “caviar” local, também é estrela da gastronomia -, mas como nem tudo o que vem à rede é peixe, vale a pela conduzir até Carvoeira para conhecer o BOTÃO BEER BACON.

Enquanto Tanimara tira cervejas artesanais à pressão (a de castanha assada é a mais sazonal), Giordano Dal Pozzo está na cozinha a ultimar os pratos de carne fumada, desde uns irresistíveis croquetes à combinação de batata, queijo e pastrami (peito de vaca fumado 10 horas) ou um hambúrguer de pulled beef (aba de costela) servido em pão produzido localmente. As cervejas exaltam os sabores do fumeiro, combinação que não podia resultar melhor para aquecer as frias noites de inverno.


Restaurante Índigo reabre em março
Encerrado durante o mês de fevereiro para melhoramentos, o ÍNDIGO, na praia da Foz do Lizandro, espera reabrir com a mesma decoração e amplas esplanadas. A carta manterá propostas de partilha como carpaccio de novilho, tártaro de atum, tacos de camarão e cortes como o de vazia simental maturada e picanha de black angus americano. De quarta a sábado à noite, funcionará como bar e club.

(Fotografia de Leonardo Negrão/GI)


Algo está a fazer com que o sistema não consiga mostrar a ficha ténica desejada. Pedimos desculpa pelo incómodo.



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