Planalto mirandês: burros há muitos, mas estes estão em extinção

Os burros de Miranda. (Fotos: Diogo Tavares/Vadiagem Outdoors e Cláudia Costa)
O desafio era caminhar à velocidade de um asinino e isso é tranquilo. A não ser quando o burro se arma em burro. Aí, é parar mesmo. Aceitámos e fomos atravessar o Planalto Mirandês com o Atenor e o D. Quixote. Foram quatro dias de partilha de afetos.

Certo dia, ofereceram um burro a Cláudia. Literalmente. De carne e osso (e pêlo), para gáudio dela que já era apaixonada por estes bichos. Vivia ela em Lisboa numa vida das 9 às 5 que lhe dizia pouco ou nada e que a tinha feito arrumar a máquina fotográfica da formação num saco bem guardado. O burro foi instalado numa quinta de amigos, já com o nome carinhosamente mudado de Escarigo (aldeia próxima de Figueira de Castelo Rodrigo, concelho onde viera à luz) para um mais prático Alfredo. Nas voltas pelo planeta Google, Cláudia descobriu a mirandesa Associação para o Estudo e Proteção do Gado Asinino (AEPGA) e fez-se sócia. Passado um ano, o desemprego abriu-lhe as portas do voluntariado. Mudou-se para Miranda do Douro por um mês. Foi há 11 anos. Continua por lá. E levou o Alfredo.

Enquanto deambulamos por um Planalto Mirandês quase a tocar em pesadas nuvens negras – é assim que gosta do céu, nublado, porque não encontra graça no azul sem fim -, Cláudia desfia a vida dela com a mesma serenidade com que o Atenor, 16 anos, e o Dom Quixote, 13, progridem na paisagem. Com vagar, sem atrapalhar o chilrear dos pássaros. “Foi o burro que mudou a minha vida.” Dedicou-se a fotografar a ruralidade e quem a preenche. E os burros. O Atenor é burro com B grande. Teimoso. Ela puxa-lhe pela cabeçada, ele resiste, porque há uma flor impossível de deixar no caminho, porque é amarela esta flor, há pouco era uma azul. “Para parar um burro, boa sorte!” dissera ela antes de nos pormos todos a caminho, à descoberta do “Nordeste Burriqueiro”. E para pô-lo a andar, diríamos nós quatro dias, 40 e tal quilómetros e uma nova paixão depois, melhor sorte ainda.

Objetivo destas atividades é oferecer aos participantes a aprendizagem do companheirismo dos burros. (Fotografias: Diogo Tavares/Vadiagem Outdoors e Cláudia Costa)

Um passeio pelo Planalto Mirandês, ao longo de quatro dias.

É de uma “viagem” que se trata, através do Planalto, a pé, a compreender por que Cláudia se apaixonou assim por uma missão. A ideia de Diogo Tavares, viajante empedernido e viciado nos territórios que Portugal esconde, é oferecer aos participantes neste passeio da Vadiagem – Por Trilhos Mais Selvagens a aprendizagem do companheirismo dos burros.

Caminha-se com eles, ao ritmo deles, da Matela a Atenor (nome da aldeia que é sede da AEPGA e que deu nome ao nosso companheiro de viagem) pelo percurso mais longo, parando quando eles determinam, escovando-os até eles dependurarem a beiça de prazer, escutando-os mastigar erva como quem mastiga amendoins, esse som que soa a paz e que casa na perfeição com o canto das aves. Vendo o Atenor com a língua de fora porque comeu um figo e isso, ó humanos, é experiência divina, atirando paus infinitos à Coi, a cadela meia border collie com “nome de som” que Diogo junta sempre às experiências. Olhando esse horizonte dramático que só há ali, naquele canto por detrás dos montes, numa pintura de amarelos e verdes e tons de cinzento e azul quando calha, numa paisagem de chuva casmurra como o Atenor e de grifos ou águias-de-bonelli ou outros cantantes, num postal com um castelo ao fundo, visto de toda a parte do percurso. O nosso castelo.

 

Da Matela à curriça, como quem vai para Algoso

O entretítulo é emprestado de Diogo, que do seu lado empresta de Miguel Torga e do seu “Doiro Sublimado” a descrição do que se estende perante nós. “Não é um panorama que os olhos contemplam: é um excesso da Natureza”. O Douro está logo ali atrás do seu Parque Internacional, estamos em terras de Vimioso, agora, depois de deixarmos numa mesa da velha escola de Teixeira, vizinha da capela altaneira, migalhas do queijo fresco de César, do doce de Alfredo, do café de Diogo e do nascer do dia. Vamos ter com os burros à Matela, dormiram junto da queijaria de César, estão saciados de feno. Cláudia conta-nos que as mãos não devem enrolar a rédea, que as mãos devem acarinhar o dorso dos bichos sempre que se calha de passar por detrás deles, que as mãos devem escovar em círculos para que fuja o sujo da noite (rebola-se, quando há terra, mostrar-nos-iam os burros) e só depois de cima para baixo, que as mãos devem apenas acariciar as orelhas e que as mãos só puxam quando o Atenor não quiser andar (o D. Quixote é um lorde…). Estamos nisto quando surge uma carrinha de caixa aberta. “Pensei que vocês vinham para vindimar. Agora para passear… bou”.

 

A beleza natural do Planalto Mirandês.

Há 20 anos, nasciam cinco burros por ano e a raça estava perto da extinção. Agora, nascem 90 deles em todo o país.

Passear sim, minha senhora, e descobrir uma raça ainda em risco. “Há 20 anos nasciam cinco burros por ano, a raça estava perto da extinção. Não era reconhecida, cruzavam os burros mirandeses com outras raças de burros ou com cavalos para ter mulas, maiores e mais fortes. Agora nascem 90 em todo o país.” A raça está a caminho da salvação e Cláudia dá uma enorme mão nisso. Ela e o apoio de 200 euros que cada proprietário recebe anualmente por ter uma burra mirandesa em idade reprodutora, esse extraordinário portento de 300 quilos para cima, rodela branca à volta do olho e focinho alvo, pelagem castanha farta, um bicho que mete respeito. Só a AEPGA cuida de uns 100 e até tem uma série deles em “burradas”, que são brigadas florestais animais, doces “sapadores”.

Há oliveiras e há um rebanho que nos trava, como um semáforo, e a chuva desata a chover quando estamos num alto do Planalto a fotografar o Atenor e o D. Quixote junto a um sobreiro tresmalhado e desnudo. E eis uma curriça envelhecida que deixa passar pingos pela telha “coxa” (porque moldada na coxa, ora) velha como as pedras de xisto, mas que é o abrigo perfeito para espantar a água. É nestes ancestrais abrigos de gado que passaremos a noite, já depois de vislumbrar o nosso castelo. Mas isso é mais logo. Por enquanto avançamos pela cortina de chuva amainada, uma aldrabona essa chuva, que logo se desata num pranto sem curriça à vista, escondendo as voltas do terreno, proibindo a paragem para a bucha que seria com os pés no rio Maçãs e acaba por ser debaixo da ponte sobre ele, uma herança românica do séc. XIV cuja altura do arco só finge que nos abriga. Chove no ovo cozido, paciência, a subida será menos penosa. Só que não. O pêlo escorrido do Atenor e do D. Quixote e da Coi haveria de secar até ao alto, porque o sol fez-se convidado. E com ele o quente do meio da tarde entre sobreiros.

Bem haja, que o Café Verde do Largo da Igreja de Algoso esperava por nós para um refresco de cevada. Pedimos chocolate. Não tem. A não ser aquela meia tablete das gigantes como as que se iam comprar a Espanha, que era de dona Celina e ela já enjoou de tão grande que é. Sabe pela vida, nesta tarde de sábado que se fez sorridente, que nos deixou roubar figos que sobravam sobre um muro e amoras que se espraiavam nos lameiros, que nos mostrou o Atenor, esplendoroso, língua à banda, e que nos fez entrar nessa coisa simples que é existir-se no interior do Portugal onde ainda há jogos de prémios nas paredes dos cafés e cães que são de todos e seguem viagem com a gente, monte abaixo monte acima, até à nossa curriça, já para lá da ponte medieval de Algoso, sobre o rio Angueira.

A viagem na companhia do Atenor e do D. Quixote.

É da Palombar, que é a outra parceira da viagem, uma ONG de Conservação da Natureza e do Património Rural dedicada a salvar os velhos pombais da região, as artes tradicionais, as técnicas de construção dos antepassados, as águias, as pombas dos ditos pombais, ou não fosse o seu nome “pombal” em mirandês. Aplainaram-lhe o chão, à curriça, meteram-lhe uma porta periclitante e abriram-na a gente como nós, num acampamento com teto e parede de frinchas e algum frio (a não ser quando se tem a Coi o dormir nos pés), é verdade, mas vista para o castelo, lá longe no postal. Temos sorte, está pôr de sol atrás dele quando Dãmila (é mesmo assim) chega com um alho francês à Brás, num tacho de festa e amor. É brasileira, mas já fala à moda de Trás-os-Montes. Veio menina, por causa da telenovela “Pantanal”, mas isso só descobriremos amanhã, quando o pai dela, Dalmo, nos contar toda a história do senhor abastado de Vale de Algoso cuja filha quis ir à fazenda televisiva numa viagem ao Brasil. Sucede que a família de Dãmila trabalhava lá. E foi convidada a mudar-se para o alojamento rural que o senhor possuía nas alturas de Vimioso.

É com Dãmila e Emanuel, coimbrão residente em Miranda, que anoitecemos a pensar que os burros mudaram a vida de muita gente. Entre a AEPGA e a Palombar, são duas mãos cheias de jovens forasteiros que ali vivem por períodos que acabam muitas vezes eternizados, repovoando aldeias com parques infantis mas sem crianças, alguém haverá de saber por que foram construídos…

 

Até Uva, pelo vale do Angueira

As mantas de farrapos que aconchegam as pedras que nos nasceram nas costas são a mesa do despertar, o sol a encandear o nosso castelo, o café de Diogo a deitar um aroma a paraíso no ar fresco e o “Tsunami” dos caminhantes a cimentar-nos a larica – é papa láctea com muesli e pepitas de chocolate e um figo seco que Diogo preparou para cada um de nós, receita sacada do Google dos trekkers, essa enciclopédia viva. Ao largo, as fragas eleitas pela águia-de-bonelli para nidificar e Unidade de Alimentação Artificial que a Palombar plantou, para atrair coelhos e dar pasto à rapina. Não a vislumbramos nos céus brilhantes, nem aos britangos, mas apercebemos grifos e uma águia real. Escolher o Planalto Mirandês para instalar a vida é dedicar-se à Natureza.

Pés a caminho, temos um lameiro verde à espera para o mata-bicho da manhã e uma ponte rural sobre o Angueira para a sesta do almoço e um vale que parece de relva por ali adiante e uma série de quilómetros ao sol até se nos cair o queixo quando atingimos o topo que teremos de descer até Uva.

Miguel Nóvoa é o homem à frente da Palombar e da conservação dos pombais do Planalto. Imigrou de Esposende.

Dona Ester era a artesã de Uva que cobria o dorso dos burros com os alforges saídos do seu tear. Hoje, já não tece.

Uva é uma espécie de presépio de pombais, 43, conta-se, ferraduras brancas plantadas à roda da aldeia para produzir o estrume de antanho, numa lenta revalorização a cargo da Palombar. Haveremos de saber mais amanhã, agora é hora de refresco de cevada no café do senhor Eduardo, pai da “Menina d’Uva”. Pois que o café é “o café de Uva, da igreja, da capela, é, não hai oitro, é o café da associação da capela, isso”. Eduardo prefere falar do vinho que a filha, a dita “menina”, faz, um néctar com produção curta e numerada. Há um dizer segundo o qual “a água de Uva é melhor que o vinho de Mora”, não provamos este mas percebemos que aquela é mesmo saborosa.

As mochilas caem para o pátio do salão-camarata que tem os editais eleitorais à porta – ganhou a lista única à assembleia de Uva, recebeu 73 dos 92 votos ali deitados – e os corpos seguem até à esplanada do senhor Moisés, carpinteiro e irmão do falecido barbeiro da terra, que só quer conversar e por nós esperou todo o dia. Faz-se ocaso, a luz surge de um interruptor escondido numa porta de madeira encaixada no tronco da oliveira, todo um engenho de carpintaria. Fala dos filhos emigrados nas cidades, fala da vida e do irmão que se foi, quer mostrar-nos a carpintaria porque lá tem a fermentar um pouco dessa água de Uva que é melhor que o vinho de Mora. Marcamos encontro para amanhã. Dalmo e Dãmila esperam-nos em frente a churrasco de chouriça e alheira (“tabafeia” em mirandês), casadas na perfeição com as batatas com pele a pingar azeite do bom, que é do produtor. Tudo é. Tudo sabe a sabor, uma coisa extraordinária… Seria do cansaço da luta com a pedra da curriça ou do trilho, a noite faz-se como a de um bebé de barriga cheia. E os burros rebolam felizes, comem o feno fresco ali deixado por Paulo, que sabe da poda porque tem três burras, uma delas menina ainda. Registadas como deve ser na AEPGA.

 

Nordeste, Terra Fria de britangos

A distinção entre Terra Fria e Terra Quente, na verdade, é pouco territorial. “Onde faz muito frio há azinheiras, onde faz mais calor há sobreiros”, é uma questão de vales e topos e encostas viradas ali ou aqui. Conta-nos Miguel Nóvoa, mentor da Palombar e da AEPGA, expondo aquela particularidade do Nordeste. Os pombais servem também, hoje, para alimentar aves de rapina, como a águia-de-bonelli, espécie ameaçada. Daí o laborioso trabalho de conservação das estruturas, cuja construção pode ascender aos 40 mil euros, um valor que importa explicar às gentes. Como importa explicar que os métodos que os antepassados punham na edificação de casas são os mais respeitadores da terra e por isso é que a ONG comprou uma “curralada” (uma casa grande, já de uma classe média) para fazer dela um centro de interpretação.

Ideias não faltam. “Precisamos de jovens dinâmicos para repovoar o interior. Não precisamos cá de insossos”. Diz Miguel. Veio de Esposende há tantos anos que não se nota. E traz para a Palombar paletes de voluntários estrangeiros. Ou para a AEPGA. Uva, hoje, faz-se disso, de línguas diferentes gritadas no largo da igreja. E faz-se de artesãos. Dona Ester tem 85 anos e os olhos tremeluzentes de quem já não pode tecer. Guarda o tear para uma neta, as filhas não quiseram saber. “Governam-se mais descansadas do que eu…” Diz várias vezes que já não tece. E mostra a última peça tecida, um alforge colorido que não há de ver o costado de um burro porque se ficou a meio. Pousa as mãos engelhadas sobre as riscas de cor, ergue o olhar azulado para cima de nós e volta a baixá-lo. Diz que vai fazer 86 para junho, como se quisesse antecipar tudo. Não pode mais. E lembra-se de como “andava sempre na burra”.

O pequeno-almoço com vista para um postal de Trás-os-Montes, ao lado da curriça onde pernoitámos.

José Antão reformou-se tarde mas não baixou o olhar. Em novo aprendeu a fazer facas com uns amigos de Palaçoulo. “Já faleceram”. Fez-se ferreiro e serralheiro e há uns anos, numa noite sem sono da reforma, pôs-se a pensar: “olha, vou fazer umas facas”. E faz, assinadas, em navalha ou de cozinha, na pequena oficina ao lado de casa. Não sabe quanto tempo cada uma lhe leva. Faz muitas juntas, mas cuida que serão umas horas, “deve ser”. É Felicidade da Glória que lhe diz muitas respostas. José é surdo e isso fá-lo rir. Parecem dois putos com 70 anos.

Adiante é a famosa Mora do vinho que não provamos e dos figos que roubamos às casas tombadas, o Atenor com língua à banda e o D. Quixote sempre lorde. E dali chega-se à ribeira seca que é mesa de almoço com o que sobrou da tabafeia de ontem e mais uns brindes que a caminhada de quatro dias impôs a cada mochila, carrega-se mais víveres do que tralhas, bons portugueses que somos, sempre prontos para comer. E para fechar a pestana. O silêncio do Nordeste impõe-se, embalado pelo zumbido das moscas e o som dos burros a mastigar as cenouras que todos trouxemos. O resto do trilho é arriba, lento, com o Atenor e o D. Quixote a fazerem-se de burros, pés fincados à terra, olhar indiferente aos nossos desejos. Agarramos na Coi e espetamo-la nas cruzes de um deles, momento fotográfico a aproveitar o dramatismo do céu que não sabe se há de estar limpo ou carregado e assim seguimos até lá acima, até Teixeira e a velha escolinha e a jardineira de carne mirandesa que Dãmila nos preparou.

 

Os burros regressam a casa

O café de Diogo é um bâlsamo diário. Hoje, as mochilas ficam, vamos levar o Atenor e o D. Quixote ao lameiro deles na AEPGA, na aldeia de Atenor que fica ali ao fundo da estrada mas que só atingiremos depois de uns desvios. Sempre pelo caminho mais longo. É hora de abraço no prado de palha recém-cortada. Abraço a eles, que são dos animais mais afáveis que a Natureza produziu, ainda que pesem toneladas, sobretudo quando nos pisam. E isso acontece… Dir-nos-ão, burros há muitos. Há. Mas estes estão em extinção.

 


Nomes e Lugares

O Planalto

Abarca os concelhos de Miranda do Douro, Mogadouro, Vimioso e parte dos de Freixo de Espada à Cinta e Torre de Moncorvo. Aviso à navegação: ainda que se intitule planalto, prepare-se para um relevo acentuado.

O passeio

A versão de quatro dias, que aqui contamos, é obra da Vadiagem, em pareceria com a AEPGA e com o apoio da Palombar. As próximas edições estão apontadas para maio em diante (o frio, ali, é o inferno). A AEPGA tem outras versões, de poucas horas a alguns dias. Mais informações em www.vadiagemoutdoors.com e www.aepga.pt.

Os burros

Apadrinhar um burro é ajudar a AEPGA a manter a sua missão. Para incentivar os padrinhos e madrinhas a visitar o afilhado e descobrir o Planalto Mirandês, o projeto “11 Burros 11 Destinos” reúne fotografias dos 11 animais da campanha de apadrinhamento em 11 aldeias diferentes do território. Para abrir o apetite.

Atenor, o brincalhão

Nascido a 20 de abril de 2005, o Atenor é um dos burros mais viajados da AEPGA. À sua alma de viajante alia o talento para a comédia. Tem em gosto especial em cativar o público com as suas hilariantes habilidades, sendo a mais famosa de todas a forma como põe a sua comprida língua de fora. (E também bebe como os cães e não como os burros)

D. Quixote, o aprendiz

Fazendo jus ao seu homónimo, o D. Quixote é um autêntico asinino andante. Nascido a 6 de março de 2008, tem sido considerado como um dos melhores companheiros

de viagem da sua geração e está sempre pronto para meter cascos a caminho, chegando a ser destacado como líder das caminhadas com burros.

A AEPGA

Criada em 2001, a Associação para o Estudo e Proteção do Gado Asinino é uma organização não-governamental de ambiente que trabalha na preservação do burro de Miranda, do ponto de vista do património genético que é único da região, como do património cultural que a criação de burros encerra. Apoia criadores, certifica a raça e promove atividades que vão das visitas às caminhadas, passando por ações lúdico-pedagógicas.

Algo está a fazer com que o sistema não consiga mostrar a ficha ténica desejada. Pedimos desculpa pelo incómodo.




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