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Comer, dormir e passear em Esposende, à boleia do rio Cávado

O estuário do Cávado proporciona belas paisagens em qualquer altura do dia. (Fotografia: Artur Machado/GI)

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# Parque Natural do Litoral Norte

Mergulho na natureza e na história

O estuário do Cávado proporciona belas paisagens em qualquer altura do dia, mas ganha especial encanto sob a luz dourada do crepúsculo. A zona protegida do Parque Natural do Litoral Norte estende-se ao longo 16 quilómetros de costa, desde a foz do rio Neiva até à Apúlia, e oferece muitos destes quadros maravilhosos. Para os contemplar existem vários percursos sinalizados, que vão desde o cordão de dunas costeiras, aos sapais e lagoas mais interiores.

O trilho “Entre o Cávado e o Atlân­tico”, com início junto ao Clube Náutico de Fão, segue junto à margem do rio, em passadiços de madeira que se prolongam até à foz. Pelo caminho, vários postos de observação convidam a uma paragem, preferencialmente munida de binóculos, para ver as muitas espécies de aves – mais de uma centena – que procuram o estuário como refúgio de inverno ou lugar de descanso durante as migrações.

Estuário do Cávado (Fotografia: Artur Machado/GI)

No final do passadiço, já sobre as dunas que separam o rio do oceano, o miradouro da restinga do Cávado deixa ver os dois lados da península. De um ou de outro, os amantes dos desportos aquáticos encontram as condições ideais para a prática de surf, windsurf, e também SUP, kayak, canoagem e wind foil, atividades disponibilizadas no verão por empresas como a GKS (Go Kite School), a Kook Proof ou a ProRiver. Esta última proporciona ainda um passeio fluvial único, a bordo de uma réplica da antiga Barca de Passagem, utilizada na travessia dos peregrinos a caminho de Santiago de Compostela, um dos maiores símbolos da história local ligada ao rio.

 

# Sense Of Ofir

Um refúgio sobre a água

Este hotel boutique não poderia ter uma localização mais privilegiada, e terá sido isso mesmo a conquistar Alex Grandemange, quando encontrou à venda uma casa devoluta que quase parecia flutuar sobre o Cávado. Vinha a Esposende com frequência, atraído pelo kitesurf, uma paixão que levou até o francês a abrir uma escola de desportos aquáticos na Austrália, onde viveu mais de uma década. A vontade de regressar à Europa trouxe-o para este recanto abundante em “ondas, vento e água parada”, para criar algo especial. O Sense of Ofir, inaugurado no verão de 2020, é um pequeno alojamento, com sete quartos minimalistas e de design contemporâneo, onde tudo, do mobiliário aos materiais usados no restauro, é proveniente de marcas e fornecedores europeus – entre eles portugueses -, selecionados pessoalmente por Alex. Tem áreas comuns luminosas, interiores que aconchegam da nortada, piscina, um terraço aberto para o rio e um relvado para estender os tapetes de ioga. Existe ainda um centro desportivo, onde Alex dá aulas de kitesurf, surf e SUP. “Aqui pode praticar-se desportos todo o ano”, assegura. Quem quiser lançar-se numa prancha e deslizar sobre as águas calmas do estuário, encontra um pequeno portão no jardim que dá acesso direto ao rio.

Sense of Ofir (Fotografia: Artur Machado/GI)

Para recarregar baterias, no restaurante do hotel, a cargo do chef André Carvalho e do subchefe Gonçalo Calisto, é servido um menu surpresa todas as noites. “Dá-nos mais liberdade. Não ficamos presos a uma carta”, justifica o chef. A cozinha portuguesa, com influências orientais, está na base da seleção diária de pratos. À mesa, já chegaram percebes e polvo assado, peito de pato salgado, fumado e cozinhado a baixa temperatura, e uma deliciosa rabanada com gelado de citronela e molho toffee, já com sabor a Natal.

Sense of Ofir (Fotografia: Artur Machado/GI)

 

# River Windows

Uma janela para o rio

Nuno Borda e a tia, Maria José, são os responsáveis pela transformação da antiga casa da família, construída no século XIX, num alojamento acolhedor de janelas abertas para o rio, no centro de Fão. É, aliás, esta qualidade que lhe dá o nome, mas não é o único atributo da casa. Dos mais de cem anos de história da propriedade, onde chegou a morar o médico e o farmacêutico da vila, ficou a traça original, preservada nas duas grandes renovações, primeiro nos anos 1990 e depois em 2016. As intervenções trouxeram mais conforto, com a instalação de uma salamandra e várias clarabóias que enchem a casa de luz natural. Os três quartos – um deles suíte – e os restantes interiores conjugam linhas modernas com mobiliário de época, como a mesa de jantar e a cama que pertenceu à bisavó de Maria José, ou o antigo forno a lenha, hoje apenas com funções decorativas. Há ainda bicicletas para os hóspedes desfrutarem da ciclovia ribeirinha.

 

# Dolce Sapore

Itália e Portugal à mesa

A fermentação lenta e um processo de maturação em frio ainda mais demorado – 72 horas -, tornam a massa fina, ao estilo napolitano, do Dolce Sapore, ainda mais leve e crocante. O chef e pizaiolo Marinho Sousa não faz por menos, e põe ao serviço a experiência de 25 anos em cozinha italiana. Uma das estrelas da casa é a piza Dolce Sapore D’Ouro, inspirada nos ingredientes favoritos da mulher, Teresa. Leva maçã, speck, mel, nozes, mozarela, burrata e folha de ouro. Além das pizas clássicas e da seleção criativa do chef, a carta tem ainda pastas, saladas, bruschette e criações que cruzam com a gastronomia portuguesa e os gostos pessoais do casal. É exemplo o bife Nostru, servido com redução de vinho do Porto, a francesinha feita com massa de piza, e o bacalhau Dolce Sapore, um pão recheado com bacalhau em cebolada, batata crocante e mozarela gratinada.

 

# Sra. Peliteiro

Novos pratos de conforto

No Sra. Peliteiro há pratos que já estão na carta desde a abertura, e por lá irão permanecer. “A maioria não posso tirar”, reconhece Paula Peliteiro. É o caso da tagine de vaca, da moqueca de gambas e do polvo. A nova carta de inverno junta esses clássicos e outros que, de tanto os clientes pedirem, regressaram à ementa, como o toucinho do céu e o tamboril grelhado com tomatada de feijocas. Também há novidades: pratos de conforto como as papas de sarrabulho, o lombo de pescada com broa no forno, vazia maturada, ou a tira de costela de vaca no forno. Para desfrutar de tudo isto, a esplanada voltada para as águas tranquilas do Cávado é o lugar de eleição. Mesmo no inverno, “quando há sol as pessoas continuam a querer ir para lá”, diz a chef.

Sra. Peliteiro (Fotografia: André Gouveia/GI)

 

Algo está a fazer com que o sistema não consiga mostrar a ficha ténica desejada. Pedimos desculpa pelo incómodo.