Centro: duas escapadelas para a ponte (da arte urbana aos sabores da montanha)

Uma peça do artista Adres, em Verride, Montemor-o-Velho. (Fotografia: Maria João Gala/Global Imagens)
Um roteiro de arte urbana por quatro aldeias do concelho de Montemor-o-Velho e visitas gastronómicas na Serra da Estrela. Eis duas propostas para gozar o tempo livre no Centro do país, aproveitando a ponte de 5 de outubro.

MONTEMOR-O-VELHO

Um roteiro de arte urbana em cenário rural

Há muito para ver no Roteiro de Arte Urbana da União de Freguesias de Abrunheira, Verride e Vila Nova da Barca – dos murais às placas de boas-vindas às localidades, com tipos de letra não convencionais. Tudo começou em 2015, com a realização de três workshops de arte urbana com idosos. Esse processo envolveu o artista Adres e a arquiteta Lara Seixo Rodrigues, do projeto Lata 65, e resultou nas primeiras intervenções. No ano seguinte, nasceu o Festival Rebuliço e, com ele, novas pinturas nas paredes das aldeias.

“Todas as peças estão ligadas à comunidade; só assim faria sentido, num território rural”, defende Daniel Nunes, que dirigiu as duas edições daquele festival, em 2016 e 2017. Há visitas gratuitas por marcação, embora o circuito possa ser feito a solo. As obras, localizadas nas povoações de Abrunheira, Verride, Vila Nova da Barca e Reveles, estão assinaladas num mapa no Google. E, na dúvida, basta pedir indicações a quem lá vive. CF

Duas peças:

#1 – “Lira-Lírica”
Na Rua de São Sebastião, em Verride, há uma peça multicolorida que homenageia a Associação Filarmónica União Verridense. Chama-se “Lira-Lírica” e foi feita, na segunda edição do festival, pelo artista gonçaloMAR.

(Fotografia: Maria João Gala/GI)

#2 – “Por amor à terra”
No Largo da Caixa Agrícola, na Abrunheira, salta à vista a peça “Por amor à terra”, criada, na estreia do Rebuliço, pelo Halfstudio. Na base está a lenda das sete irmãs desavindas a quem o pai dera terras em diferentes zonas do Baixo Mondego; mais tarde, recusaram voltar ao castelo, preferindo manter-se naqueles locais, dos quais se haviam enamorado.

(Fotografia: Maria João Gala/GI)

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Doces conventuais

A doçaria conventual é uma riqueza de Montemor-o-Velho, dos pastéis e queijadas de Tentúgal às queijadas de Pereira. São doces distintos, que vale a pena provar.

Descanso em sintonia com a natureza

A QUINTA DE SANTO ANTÓNIO DO CARDAL, em Reveles, na margem esquerda do Mondego, é uma propriedade rural do século XIX, integrada numa área de cerca de dez hectares, com “uma mata muito rica”, sublinha a proprietária Maria Teresa Rosa. Privilegia-se o contacto das pessoas com a natureza e consigo mesmas – daí a abertura para acolher retiros e atividades ligadas ao ioga ou ao mindfulness. Aquela casa de campo cheia de história tem sete quartos, piscina, percursos pedestres e um miradouro privativo.

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Sabores tradicionais com toque de chef

Há pouco mais de um ano, Casal Novo do Rio ganhou um pequeno restaurante de cozinha de autor: o PIMENTA VERDE. Os sabores tradicionais estão lá, mas com novas roupagens, explica o chef Guerreiro Dias, que preparou uma carta com pratos de peixe e de carne – do bife de atum fresco ao T-bone -, sem esquecer as opções vegetarianas. Há ainda o menu do dia: 9 euros dão direito a prato principal, couvert, sopa, uma bebida e café.

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SERRA DA ESTRELA

Passear pelos sabores da montanha

À frente do restaurante da CASA DE SÃO LOURENÇO, hotel de cinco estrelas sobranceiro ao vale do Zêzere, está Manuel Figueira, chef de 25 anos que integrou a equipa da unidade hoteleira criada por João Tomás e Isabel Costa ainda no seu primeiro projeto, a Casa das Penhas Douradas, quando a São Lourenço estava em obras.

Agora, é nesta que o chef tem brilhado com as suas propostas que passam pelo resgate do que é tradicional e pela utilização dos produtos locais e sazonais. “Temos curiosidade em perceber o que se fazia aqui”, conta o chef natural de Tondela. “Conversamos muito com as pessoas de cá que nos falam de como os seus avós faziam algumas coisas”. Como o caldo de castanhas que integra a nova carta de outono. “Secavam-nas à lareira e depois faziam a sopa. Alguns serviam-na como sobremesa”, conta.

Na carta há pratos de carne de caça e de cogumelos, como boletos e míscaros selvagens. Há ovo a baixa temperatura com boletos e, no campo dos clássicos, arroz de míscaros com couve, arroz de míscaros com perdiz e javali com castanhas e cherovia.

(Fotografia: DR)

Como o restaurante está inserido no hotel e é aberto a todos, as propostas são diversificadas. “Muita gente procura pratos tradicionais, mas outros querem ter uma experiência gastronómica diferente. Os que ficam cá a semana inteira gostam de, depois de uma caminhada, comer algo mais leve”, explica o chef, que tem resposta para todos. Ou não fosse este um restaurante de proximidade.

Ser tratado como se se fosse da família acontece um pouco por toda a serra. A uns 40 minutos de carro, nas Penhas da Saúde, a CASA DO CLUBE é um bar de petiscos serranos e vinhos a condizer. David Timóteo e Vera Durão abriram o espaço no verão de 2019 como complemento do restaurante que já tinham, o Varanda da Estrela. Aqui, a ideia é partilhar petiscos: seja queijo da Serra, chouriça de javali, uma tradicional feijoca ou a especialidade beirã brulhão, enchido com arroz e carne de porco e condimentado com tomilho-serpão.

(Fotografia: Adelino Meireles/GI)

Quem preferir explorar a serra mais a norte, deve visitar a aldeia medieval de Linhares da Beira e o seu conceituado restaurante COVA DA LOBA, com comida de inspiração regional. Sopa de perdiz com boletos em massa folhada, alheira de caça ou queijo de cabra panado com compota de frutos do bosque são algumas das propostas. Se forem saboreadas à lareira, ainda sabem melhor. LM

(Fotografia: Artur Machado/GI)

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Caminhadas
É possível fazer percursos pedestres pela serra, de forma autónoma ou com guia. Para mais informações consultar aqui.

(Fotografia: Reinaldo Rodrigues/GI)

 

Visitar uma queijaria artesanal

Na queijaria CASA AGRÍCOLA DOS ARAIS, em Vide-Entre-Vinhas, Celorico da Beira, o queijo e o requeijão são feitos artesanalmente e devidamente certificados. A produção é feita com o leite de duzentas ovelhas de raça bordaleira, criadas em exploração própria, entre outros litros comprados a vários produtores. Há visitas por marcação.

(Fotografia: Jorge Amaral/GI)

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Conhecer uma quinta produtora de vinho

Encaixada num vale com Castelo Branco a sul e Guarda a norte, a Serra da Estrela de um lado e a da Malcata do outro, esta quinta produtora de vinhos DOC Beira Interior tem as suas portas abertas a visitas. Foram os avós de Pedro Carvalho, que gosta de guiar os turistas pela adega e pela quinta, que compraram a propriedade em 1945. O programa para quem quer conhecer a história e os vinhos da QUINTA DOS TERMOS inclui visita à adega e prova de três rótulos. A quinta também tem loja onde se vendem todos os produtos ali produzidos, incluindo mel.

(Fotografia: Rui Oliveira/GI)

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