Um passeio pela ria de Alvor, entre dunas e barcos de pesca

Caminhar pelas dunas da ria de Alvor (concelho de Portimão) - e, quem sabe, avistar aves - é uma boa atividade em contacto com a natureza, e especialmente aprazível nos meses amenos do inverno algarvio.

Quem caminhar pelo passadiço da Ria de Alvor e vir pessoas a usar chapéu de abas, t-shirt, calções e óculos de sol, poderia dizer que o verão tinha chegado mais cedo ao Algarve. A verdade é que os termómetros marcam 17 graus Celsius em janeiro e o sol dá uma sensação de maior calor. Não é de estranhar, por isso, que tantas pessoas elejam este passadiço de madeira de 4,7 quilómetros para caminhar, andar de bicicleta, passear com os filhos, dar soltura aos cães ou simplesmente apreciar a paisagem.

Este cenário natural ocupa quase 1700 hectares – cordões dunares, salinas, sapais, campos agrícolas, pomares de sequeiro e matos mediterrânicos – e é o mais importante sistema estuarino do Barlavento Algarvio, acolhendo diversas espécies de flora e habitats prioritários. Ali desaguam as ribeiras de Odiáxere, Arão, Farelo e Torre, que descem das serras de Monchique e Espinhaço de Cão. E a paisagem vai mudando, ora com bancos de lamas e sapais na maré baixa, ora com pequenas ilhas de areia na maré alta.

É, portanto, um excelente local para observar as aves que ali vão alimentar-se do peixe jovem e larvas de crustáceos e moluscos. Até hoje foram registadas cerca de 300 espécies, com destaque para as limícolas como o Pilrito-comum, o Borrelho-de-coleira-interrompida e Tarambola-cinzenta. Segundo o Guia de Observação de Aves do Algarve, todo o ano é ideal para descobrir este habitat, menos no verão. O inverno é ideal para observar o célebre Flamingo-rosado.

Ria de Alvor
Estacionamento do Porto de Pesca



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