Visitas guiadas levam a conhecer os bastidores do Coliseu do Porto

O Coliseu do Porto abriu portas a visitas guiadas. (Fotografia: Igor Martins/GI)
Agora é possível conhecer os bastidores e as histórias de muitas décadas da famosa sala de espetáculos da Invicta. As visitas são realizadas em parceria com a Porto Secret Spots, a mesma empresa que organiza a subida ao arco da ponte da Arrábida e à cobertura do Pavilhão Rosa Mota.

Quase a celebrar 80 anos de vida – o que acontecerá a 19 de dezembro – o Coliseu do Porto começou a abrir portas a visitas guiadas. Em cerca de uma hora, poderá conhecer-se melhor a história desta sala de espectáculos e também vários espaços que não estão abertos ao público.

A visita inicia-se no hall de entrada, onde se observam algumas das características estéticas do edifício e da sua decoração. O Coliseu não foi obra de uma só pessoa. Cassiano Branco desenhou a fachada modernista e liderou a equipa de arquitetos e designers que deixaram aqui a sua marca, como José Porto, que projetou o interior da sala principal ou o francês Charles Siclis, autor dos candeeiros e das portas.

Ainda na primeira parte do percurso, o visitante é convidado a sentar-se na plateia para assistir a uma projeção comentada de imagens – algumas icónicas – que apresentam o espaço desde a sua festa de inauguração, com a pianista Helena Sá e Costa e a famosa atriz da época Aura Sanches, até aos espetáculos mais recentes.

O passeio continua pelos corredores, com curiosidades como uma antiga cabine telefónica e uma vitrine onde se pode ver uma gigantesca máquina de projeção de cinema. Segue depois para os bastidores. Mas é no palco, com uma panorâmica menos comum da sala, que termina, com um copo de vinho do Porto. Para brindar a oito décadas de muitas lembranças.

AO PORMENOR

# Vitrine de cartazes
No corredor à volta da plateia, podem ver-se cartazes de espéctaculos: do circo anual e das festas de Carnaval, que já não se realizam, da projeção de “Ben-Hur” ou do concerto de Miles Davis, que acabou com o músico a sair do palco mais cedo por problemas de saúde.

Coliseu do Porto (Fotografia: Igor Martins/GI)

 

# 80 anos em imagens
Recordam-se aqui oito décadas de história. Fala-se do Salão Passos Manuel que ali existia, da inauguração do edifício ou do comício de Humberto Delgado em 1958, em que o político proferiu a frase “O meu coração ficará no Porto”. E também das manifestações dos anos 90 contra a venda do edifício à Igreja Universal.

Coliseu do Porto (Fotografia: Igor Martins/GI)

 

# Toucadores vintage
Desenhados em art déco, estes toucadores foram “apropriados” ao longo do tempo pelos artistas que os usaram. Assinaturas, datas, frases em várias línguas aparecem gravadas na madeira. Estas marcas foram fotografadas e estão expostas na parede da montra, ao lado dos móveis, formando uma pequena instalação.

Coliseu do Porto (Fotografia: Igor Martins/GI)

 

# Subpalco e palco
Depois de se passar pelos camarins atuais, cruza-se uma das portas dos artistas que dá acesso às traseiras. Momento para se contar a história de um elefante de circo que se recusou a entrar por aqui e que, assim, teve a honra de entrar pela porta principal. A seguir, no subpalco, pode espreitar-se o fosso da orquestra. Já no palco, vê-se a outra perspectiva da sala, aquela que só os artistas e os técnicos vêem.

Coliseu do Porto (Fotografia: Igor Martins/GI)

 

Algo está a fazer com que o sistema não consiga mostrar a ficha ténica desejada. Pedimos desculpa pelo incómodo.




Outros Artigos





Outros Conteúdos GMG





Send this to friend