A noite é longa junto à foz do rio Ave. O desfile das marchas populares, organizado pelos dois ranchos folclóricos da terra, dá o tiro de partida para os festejos. Os carros alegóricos abrem cada desfile. Depois é um mar de cor, de arcos e balões, levado para as ruas pelas marchas dos ranchos das rendilheiras da Praça e do Monte, que atuam antes do fogo de artifício, lançado junto à ponte pela 1h30. A madrugada é dedicada à música portuguesa. Os UHF atuam na Praça D. João II, os Opsom na Praça de S. João. Ao grupo Baila Comigo caberá animar o Monte do Mosteiro.
A segunda-feira, feriado municipal, é dia da procissão em honra do padroeiro, que sairá da Igreja Matriz pelas 17h00. Maria José Pontes veste as crianças desde 1961. “O grande problema hoje é arranjar meninos e meninas, mas temos conseguido”, explica à Evasões. A acompanhar os andores dos três santos populares seguem entre 50 a 70 crianças em quadros que retratam a vida de S. João. O dia termina com um evento único: a “ida à praia”. Pessoas de mãos dadas seguem em grupos ao som da música dos dois ranchos a cantar e a dançar até à frente marítima da cidade. O cortejo, para muitos, termina com um banho nas águas frias do Atlântico.
O QUE VER
Rendas de bilros com escola e museu
De visita obrigatória é o Museu das Rendas de Bilros, onde se podem encontrar estas peças de artesanato, verdadeiro ex-líbris de Vila do Conde. Está instalado desde 1991 na Casa do Vinhal, um antigo solar do século XVIII. Para além das rendas, estão expostos todo o tipo de utensílios usados na sua confeção. No museu funciona a Escola de Rendas de Bilros, que existe há quase cem anos e cujo objetivo é manter a tradição. Conta com mais de meia centena de alunas, com idades entre os quatro e os 70 anos.
Fotografia: André Rolo/Global Imagens
COMER E BEBER
Casa com mais de 200 anos
A casa tem mais de 200 anos e tem passado de geração em geração da família de Elisa Baptista. Foi ela quem transformou a antiga casa de pasto no restaurante típico de hoje, sobranceiro ao rio Ave. Na noite de S. João, a sardinha é rainha mas há ainda fêveras grelhadas e cabrito assado no forno, mantendo-se assim a tradição. “Antigamente, só os pobres é que comiam sardinha, hoje é gourmet”, diz a rir. O preço médio do prato é 12 euros (4 sardinhas ou fêveras, com batata, pimento e salada). O preço do cabrito é de 25 euros (2 pessoas).
Restaurante Patarata
Cais das Lavandeiras, 18, Vila do Conde
Tel: 252 631 894
Preço médio: 12 euros
Fotografia: André Rolo/Global Imagens
Espaço onde o gin é rei
A história da cidade preenche as paredes deste espaço em plena Praça da República, que nas festas está enfeitada com a monumental cascata e os tradicionais mastros de romaria, a representar as freguesias de todo o concelho. Fábio Gomes trata dos cocktails, sempre com um toque pessoal e invulgar. A aposta é, contudo, no gin, tendo a casa cerca de 120 referências. Servem-se ainda tábuas com queijos e enchidos.
Pubblik, Gins, Cocktails & Food
Praça da República, 45, Vila do Conde
Tel:917 872 524
