No Vidago Palace relaxa-se em cenário de filme

Quando se fala em Vidago é quase imediata a associação ao belíssimo Vidago Palace Hotel, uma referência na região transmontana, e mesmo em todo o país, no que toca a alojamento de época. Mas há uma outra boa razão para rumar até esta freguesia, a 15 quilómetros de Chaves: o Vidago Palace SPA, projetado pelo arquiteto Siza Vieira, e a funcionar há uma década.
O equipamento, minimalista, de linhas direitas e muita luz, está integrado no hotel, mas as portas estão abertas a qualquer pessoa.

O hotel e o autocarro Manchester. (Fotografia: André Rolo/GI)

Ali fundiu-se o termalismo terapêutico – serviço que arrancou na década de 1920 e que funcionou até meados de 2000 no edifício do atual Centro de Congressos, à entrada do hotel -, com as terapias de bem-estar. Hoje, quem ali vai, tanto procura a água gasocarbónica e bicarbonatada sódica captada no parque para relaxar, como para o alívio de problemas reumáticos, músculo-esqueléticos, ou associados aos aparelhos digestivo e respiratório, à pele e ao sistema nervoso.

Até dois tratamentos, os clientes não necessitam de prescrição médica para os realizar, tendo assim à disposição uma variedade de massagens e duches. Quem quiser, pode provar a água mineral que brota do solo na buvette Fonte Nº 1, que, ressalva-se, não é a mesma da engarrafada Água de Vidago, já que esta é considerada de mesa, e a outra é terapêutica.

Além dos tratamentos com água, como os duches de massagem e de jato, o banho de hidromassagem e o banho de imersão, há outros complementares como as massagens sem água, com uso de produtos da francesa Clarins ou da inglesa Aromatherapy Associates. A Balinesa, que dura 80 minutos, e onde se massajam os músculos de forma minuciosa, ou a chinesa, que trabalha sobre os pontos de energia, para melhorar a sua fluidez, são duas sugestões. A partir dos 8 anos, os miúdos também têm direito a estes “mimos”, podendo realizar uma massagem geral ou um tratamento de rosto e massagem à cabeça, ambos com duração de 25 minutos.

Apesar de a maior parte dos serviços de spa estar a funcionar, a pandemia trouxe limitações, como o encerramento temporário da Vitality Pool, da sauna, do banho turco e das suites de casal.
Por estar integrado no hotel, a oferta do SPA inclui ainda programas de bem-estar predefinidos ou personalizados, que podem reunir alojamento num dos 70 quartos – divididos entre clássico, superior, privilege, júnior suíte, suíte e três grand suíte -, tratamentos de relaxamento e terapêuticos, nutrição e personal trainer.

EXPLORAR
COMODIDADES
Além do SPA, o hotel apresenta uma piscina exterior o bar de apoio, o restaurante Salão Nobre, a Garrafeira, que funciona como bistrô, o Lobby Bar e bar-restaurante Club House, num edifício outrora utilizado para engarrafar a água de Vidago.

COMER
SALÃO NOBRE
Há quatro anos que Vítor Matos ocupa os cargos de chef e consultor no Salão Nobre, o restaurante do hotel. Se nas cartas anteriores as influências chegavam de todo o mundo, atualmente – e cada vez mais -, o chef pretende fazer uma “cozinha gastronómica baseada na nossa cultura, com o foco em Trás-os-Montes e em Portugal”. Reavivar memórias, usando os melhores produtos disponíveis, é a vontade de Vítor. A atual carta é longa e dela constam dois menus de degustação, pratos vegetarianos, tradicionais, como o arroz de peixes e camarão no tacho e o lombo de vitela à Barrosã, e oito opções de carne ou peixe. Preço médio: 50 euros (menus de degustação a partir de 80 euros, sem bebidas)

FAZER
PARQUE
No extenso parque fazem-se percursos pedestres, por entre plátanos, magnólias, pinheiros, cameleiras e azevinhos, descobrem-se as fontes de água e os lagos e joga-se golfe num campo de 18 buracos.