Cresce como se levasse o fermento, que vende para todo o país por causa do “pão de mia” da chef Filipa Gomes. Surpreende com “o pão (sem glúten) da Cristina Ferreira”. Satisfaz o desejo de uma senhora sozinha com 80 anos, que não tinha como cozinhar feijão sem desperdiçar, por causa das quantidades das embalagens tradicionais. Impulsiona vendas de churrasqueiras com a sua malagueta argentina.
A loja “Mercado a Granel”, situada na Rua de Aveiro (em frente à PSP), em Viana do Castelo, não fechou durante a pandemia. Nem podia. Tem tudo o que uma casa precisa para se alimentar em tempos de confinamento (ou fora dele): várias farinhas de trigo, grãos, arroz, frutas desidratadas, frutos secos, açúcares, especiarias, pães sem glúten, biscoitos, chocolates, salame, chás, compotas, azeite, licores, vinhos. E tudo pode ser comprado em porções “à vontade do freguês”.
(Fotografias: Rui Manuel Fonseca/GI)
Nasceu inspirada no conceito da loja “Maria Granel” de Lisboa. Pertence à família Sárria: Marisa, José Duarte e a filha Joana. A mãe de 41 anos é enfermeira, o pai é serralheiro e a jovem, de 22 anos, estuda Nutrição. Com uma empregada a meio tempo, todos continuam as suas atividades e ocupam o tempo livre a trabalhar na loja. E assim esta tem crescido.
“Começamos com um quarto das prateleiras que temos agora. Abrimos no dia 1 de agosto de 2017 com 70 produtos. Logo nesse dia tivemos fila na porta. Veio gente com lista de compras. Havia pessoas que já faziam compras em Braga e no Porto e como tínhamos criado uma página no Facebook em junho, estavam curiosas para saber o que ia abrir em Viana”, recorda Marisa.
Com as sugestões e pedidos dos clientes, e o dinheiro resultante das vendas, a família Sárria foi investindo e hoje tem nas prateleiras “mais de 400 produtos”. “Costumo brincar que aqui só não tenho ouro dentro dos frascos”, diz a proprietária.
Algo está a fazer com que o sistema não consiga mostrar a ficha ténica desejada. Pedimos desculpa pelo incómodo.
