The Floral Affairs, uma loja com flores campestres e entregas grátis no Porto

Flores sem artifícios, no número 890 da Rua de Santa Catarina. (Fotografia de Rui Oliveira/Global Imagens)
A florista Débora Pinguinha é avessa a plásticos, purpurinas e outros adornos, por entender que as flores brilham por si. Na sua loja The Floral Affairs, na Baixa do Porto, há arranjos com ar campestre e plantas em vasos biodegradáveis.

“Quando fiquei grávida, senti uma necessidade maior de contacto com a Natureza, e que o caminho que estava a fazer já não era para mim; tinha de encontrar um caminho mais simples e ser dona do meu tempo. Por isso, decidi abrir uma loja de flores.” É assim que Débora Pinguinha resume a volta que deu à vida quando a pandemia se instalou, pouco depois do nascimento da filha. Tinha ido viver para a Escócia com a família, mas a covid-19 fê-la voltar ao Porto e alterar o rumo profissional. Deixou o design de comunicação e, no início deste ano, inaugurou a loja The Floral Affairs, na Rua de Santa Catarina.

Debora Pinguinha, florista e ex-designer de comunicação.
(Fotografia de Rui Oliveira/GI)

Débora foi sempre uma apaixonada por flores, e encontra no novo ofício pontos de contacto com a sua área de formação. “Ser designer deu-me uma sensibilidade visual que facilita a realização dos arranjos”, concretiza. Prefere trabalhar com flores campestres e mais diferenciadas (nem que seja pela cor), evitando o plástico na hora de as embrulhar. Recorre a papel craft, papel de seda e ráfia, não usa purpurinas, alfinetes, arames nem outros adornos, e explica porquê: “As flores são tão bonitas que brilham por si só. Não precisam de maquilhagem”.

Há o bouquet da semana, que sai à quinta-feira, e quem quiser criar um à sua medida tem as “flores a la carte”, ou seja, faz uma composição própria, partindo dos exemplares existentes – pode haver, por exemplo, statice, margaridas, cravinas, ranúnculos, peónias ou dálias. A oferta inclui ainda flores secas, plantas e vasos “biodegradáveis e 100% orgânicos”, descreve a florista.

Se apostou neste negócio foi também para dar o seu contributo para uma sociedade menos materialista, ao disponibilizar presentes perecíveis: plantas de que cuidar e flores para marcar momentos, sublinha. Esse foco no que é mais essencial transparece na decoração da pequena loja: numa parede estão pendurados um desenho da filha, uma tapeçaria de Santa Doroteia (padroeira dos floristas) oferecida pela mãe e ramos que secaram, mas conservam a beleza.

(Fotografia de Rui Oliveira/GI)

(Fotografia de Rui Oliveira/GI)

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