Reserva e Aparece: movimento quer acabar com a não comparência na restauração

O restaurante Kappo, em Cascais.
Dezenas de chefs, sommeliers e restauradores uniram-se para criar o movimento Reserva e Aparece, que pretende sensibilizar comensais para a importância do cancelamento das reservas, em casos de não comparência.

Chama-se #ReservaeAparece e está a ganhar força nas redes sociais nos últimos dias. É este o movimento que une dezenas de chefs, sommeliers e restaurantes a nível nacional, e que pretende sensibilizar comensais sobre a importância do cancelamento das reservas em restaurantes, para quem afinal não pode comparecer, alertando para as consequências que o crescente fenómeno “no-show” (precisamente quem reserva mesa e não aparece, sem cancelar) tem na restauração.

Depois de um ano e meio difícil para o setor, pelas razões óbvias, vários chefs, sommeliers e restauradores uniram-se para criar o movimento inicialmente. Casos de chefs como António Galapito, do Prado, André Lança Cordeiro, do Essencial, Filipe Carvalho, do Fifty Seconds Martín Berasategui, João Rodrigues, do Feitoria, Hugo Brito, do Boi Cavalo, João Sá, do SÁLA, Leopoldo Garcia Calhau, da Taberna do Calhau, Marlene Vieira, do Zunzum Gastrobar, Miguel Peres, do Pigmeu, Rui Silvestre, do Vistas, Tiago Penão, do Kappo e Vasco Coelho Santos, do Euskalduna, entre outros.

A estes têm-se juntado outras figuras, nos últimos tempos, de forma espontânea e orgânica, como se tem visto nas redes sociais. “Os planos mudam. Não faz mal. Basta avisar”, é a frase-chave que se lê nas publicações do movimento Reserva e Aparece.

“Para um restaurante pequeno como o Essencial, quando 10% das reservas não aparecem, é problemático”, explica André Lança Cordeiro, do restaurante lisboeta Essencial. António Galapito, do Prado, afina pelo mesmo diapasão: “Quando um cliente faz uma reserva num restaurante tem uma responsabilidade para com esse restaurante, com as pessoas que nele trabalham, com os fornecedores e produtores com toda uma cadeia que, ao não comparecer, está-lhes a faltar ao respeito e a promover baixas condições para um setor que por norma oferece muito pouca progressão de carreira e futuro”.

“O ‘no-show’ é um roubo. E, neste momento, uma ameaça real à viabilidade dos restaurantes”, afirma Hugo Brito, do Boi Cavalo. “E se o chef não aparecer e ainda assim tiveres que pagar a tua refeição? Lembra-te que sempre que reservas e não apareces, a tua refeição já entrou nas contas do restaurante, com a diferença de que tu não a pagaste”, acrescenta ainda Lucas Azevedo, do restaurante Praia no Parque.

Algumas das figuras que ajudaram a criar o movimento.




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