Praia de Moledo, um areal de sonho todo o ano

A Praia de Moledo é guardada ao fundo pelo Monte de Santa Tecla, na Galiza. (Fotografia: Rui Manuel Fonseca/GI)
Uma praia onde se olha para Portugal e para a Galiza, com um ilhéu no meio do mar para conhecer e um pinhal mesmo ao lado para refrescar.

Se o paredão da praia de Moledo (Caminha) falasse, muito havia de contar. Histórias sem fim, de dias e noites de verão (e de inverno). Principalmente de gentes do Norte, de várias gerações de anónimos e de muitas figuras públicas. E também da população do Alto Minho que, à mínima nesga de sol, gosta de se escapar para a beira do mar. Moledo é sempre uma opção e é fácil perceber porquê.

Não bastava a praia ser bonita só por si, mesmo que ao longo da última década se tenha transformado com erosão (encurtado o areal), também é beneficiada com um cenário envolvente de sonho. O Forte da Ínsua (Monumento Nacional), num ilhéu no meio do mar, à saída da foz do rio Minho, o extenso pinhal do Camarido que a enquadra (e abriga) a Norte e o belo monte de Santa Tecla, que se “desenha” em forme de cone, ao longe em Espanha, rodeiam o extenso areal branco, sulcado de rochas.

Praia de Moledo (Fotografia: Rui Manuel Fonseca/GI)

 

O azul do oceano que, em dias de sol, se funde com o do céu, completam a estância balnear que mais prestígio ganhou a Norte ao longo do século XX. Políticos, empresários e personalidades da Cultura portuguesa, foram (ou são) figuras familiares entre os seus frequentadores nos meses quentes. Entre muitos, Mariano Gago, Durão Barroso, Vitorino d’Almeida, Tozé Brito e Siza Vieira. De águas frias, por vezes ventosa, Moledo, mora na memória de várias gerações como a praia da bola azul da Nivea à entrada e do longo paredão ao longo da parte principal do areal, que desde sempre serve de bancada. Para tomar sol, contemplar e conversar (para muitos, durante todo o ano).

Como ir?
De carro, pela A28 ou pela EN 13, a partir de Viana do Castelo. Também pode lá chegar de comboio, saindo na estação de Moledo do Minho.
Acesso a deficientes: sim
Bandeira azul: sim
WC e chuveiros: sim
Estacionamento: sim

O QUE FAZER AO REDOR DA AREIA

# Picar no Paredão 476
Para picar, tapas, refeições leves e doces de salivar, o Paredão 476 (bar e snack) do ‘Manolito’, nome pelo qual é mais conhecido o proprietário Emidio Nunes, é paragem obrigatória. O anfitrião sugere tábua Minhota de enchidos e queijos, hambúrgueres artesanais, pão com chouriço, asinhas de frango, navalheiras, ameijoas à Bulhão pato, saladas e preguinhos no bolo do caco. E ainda bolo de amêndoa da sua mãe. Paredão 476 também é marca de artesanato, artigos de surf, sweats e t-shirts na loja ao lado.

Paredão 476 (Fotografia: Rui Manuel Fonseca/GI)

 

# Atravessar a Mata do Camarido
Caminhar pode ser uma das muitas opções, em alternativa à praia. Atravessar a Mata do Camarido de Moledo até à foz do rio Minho (e se apetecer, prolongar pelo passadiço até à zona do Hotel Portas do Sol), significa respirar ar puro, cansar o corpo e limpar a mente. Na zona há passeios para todos os gostos: a pé, de bicicleta, de carro, a cavalo ou de barco.

Mata do Camarido (Fotografia: Rui Manuel Fonseca/GI)

 

# Beber um copo no terraço
O Paredão 476 também funciona como bar, com mojitos, cocktails e cervejas artesanais, e oferece uma vista panorâmica para a praia a partir de um terraço no primeiro andar. Moledo tem ainda outros espaços na primeira linha: o sempre frequentado Pr’a lá Caminha, com a suas sandes muito próprias, e o café Mergulho, com esplanada (quase) com o pé na areia..

Café Mergulho (Fotografia: Rui Manuel Fonseca/GI)




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