O areal é extenso, e acessível a pessoas com mobilidade reduzida. Todos podem desfrutar da Praia de Mira, a única zona balnear do globo a manter a bandeira azul desde o início da sua atribuição, em 1987. Quando o mar permite, também se pode ver os pescadores em ação, na tradicional arte xávega. Em sua homenagem, e às gentes da terra, ergue-se junto ao areal uma imponente estátua, do escultor Alves André. Mesmo ao lado fica a Capela de Nossa Senhora da Conceição, em madeira, com riscas azuis e brancas, a lembrar os antigos palheiros.
Claro que há mais para fazer, além de ficar estendido na toalha. Desde logo porque a envolvente convida a fazer passeios de bicicleta e caminhadas: há passadiços de madeira sobre as dunas, mas também uma Pista Ciclopedonal que atravessa diversas paisagens – tanto conduz à Praia do Poço da Cruz, não urbana, como à Lagoa de Mira, passando por floresta, moinhos de água e caniçais. Acresce que o município de Mira, juntamente com os de Cantanhede e Figueira da Foz, integra a iniciativa da Comunidade Intermunicipal da Região de Coimbra “Surf No Crowd”, que assinala aqueles destinos como ideais para praticar surf longe das multidões.
Como ir: de carro, partindo de Coimbra, pela N111, no sentido na Figueira da Foz; na Geria, seguir pela N234-1, rumo a Cantanhede, e daí pela N234, até Mira.
Partindo de Aveiro, tomar a A25, na direção de Viseu, depois a A17 e, por fim, a N109, rumo a Mira. A estação ferroviária mais próxima fica em Aveiro.
Acesso a deficientes: sim
Bandeira azul: sim
WC e chuveiros: sim
Estacionamento: sim
O que fazer em redor:
Andar de gaivota na Barrinha
Na estação quente, a Barrinha de Mira enche-se de GAIVOTAS a pedais e elétricas, em forma de desenhos animados, carros, cisnes e outros animais. Adélia Saborano está entre os que disponibilizam aqueles passeios de barco para toda a família – no seu caso, por valores que começam em 5 euros (meia hora).
Saborear pratos vegetarianos num jardim
Petiscos, saladas, hambúrgueres e sumos naturais coloridos compõem a oferta do NAUTIC BAR, junto ao Clube Náutico. Cristiana Reigota e Rui Figueiredo são os responsáveis pela casa, de ambiente descontraído e pet-friendly, que aposta nos pratos vegetarianos e veganos, com algumas opções para carnívoros. Inclui ainda uma pequena mercearia biológica. Tem jardim e decoração vintage e retro, combinando pratos antigos, andorinhas, plantas, macramé e muitas almofadas.
Comer (ou comprar) peixe fresco
Zé Racha – alcunha de Apolinário José, herdada do avô – começou a cozinhar quando andava na pesca do bacalhau. Há uns anos, decidiu criar o SÓPEIXE, misto de peixaria e restaurante, com a mulher, Maria José Monteiro. “O que houver aqui é o que vai lá para dentro”, diz ela, na loja, que só abre quando existe produto fresco. Os clientes chegam sobretudo ao sábado de manhã, quando a variedade é maior, e alguns telefonam para reservar determinado exemplar que queiram ver no prato. À grelha junta-se o forno a lenha, “para fazer broa e sardinha na telha”.