Bárbara R. cresceu entre Santa Maria da Feira e São João da Madeira, muito influenciada pela mãe Minervina, com gosto por trabalhos manuais, e pela avó Preciosa, costureira. O nome da exposição é uma frase que aquela última dizia muitas vezes, em tom de esperança: “Atrás de uma montanha há sempre outra, e outra, e outra…”.
Uma das peças feitas durante o confinamento, e que integra a exposição.
(Fotografia: DR)
A mostra individual, inaugurada pelas 16h30 de sábado e patente até 15 de julho, combina diversas técnicas ilustrativas, envolvendo materiais como o tradicional papel, tecido ou madeira, mas a tecelagem é a mais representada.
São peças feitas com fios de lã e algodão, uma delas nascida durante o confinamento, outras criadas já a pensar nas paredes da galeria – e das casas, pois podem ser encaradas como objetos de decoração, além de obras de arte. Todas vão estar à venda, por valores ainda a definir.
Ao longo do seu trajeto profissional, a autora – com trabalhos publicados na Notícias Magazine e na Evasões – tem procurado uma abordagem manual, sempre que possível. Por norma, recorre a diversas técnicas de colagem e desenho. A tapeçaria ressurgiu na sua vida porque sentiu saudades dessas práticas que desde miúda lhe eram familiares.
Bárbara R. trabalhou em empresas em Portugal, França e Canadá, participou em diversas exposições individuais e coletivas, foi co-fundadora da Feia – Associação de Ilustração e do negócio social “Iolo” e integra o projeto Portugal Manual. Em 2017, publicou um livro: “O Sol da Sra. Azul”.
Autoretrato de Bárbara R.
(Fotografia: DR)