Porto: uma loja de decoração vintage com petiscos e café

Loja Do Arco da Belha mudou-se para o Bonfim. Fotografia: André Gouveia/GI
Mobiliário, cerâmica e outras peças dos anos 1950 a 1980 integram a oferta da loja Do Arco da Belha, que reabriu portas, na zona do Bonfim, com serviço de cafetaria. Nem faltam os livros nesta casa bem apetrechada, onde apetece ficar para o chá.

Quando Susana Figueiredo e Luís Azevedo souberam que o prédio onde tinham a loja de decoração vintage Do Arco da Belha, na Rua do Almada, ia ser posto à venda, anteciparam a mudança. Em novembro, reabriram na zona do Bonfim, num antigo armazém, com dois pisos, que respondeu às suas necessidades de espaço e permitiu arrancar com uma vertente de cafetaria. Ali são disponibilizados café, chá, vinhos (a copo e à garrafa), queijos e outros petiscos.

As únicas peças que não estão à venda são as muito cobiçadas mesas circulares outrora pertencentes ao Café Luso, que o avô de Luís teve em Arouca. De resto, é grande a variedade de artigos comercializados, sobretudo dos anos 1950 a 1980, com preços que começam em 50 cêntimos e podem escalar até um máximo de 700 euros.

Susana e Luís têm interesse por colecionismo, e isso nota-se na loja.
Fotografia: André Gouveia/GI

Há desde móveis até cerâmica modernista de fábricas nacionais, algumas já encerradas, e ainda livros, cadernos, lápis de cor, uma mochila da Ambar, de 1977, encontrada em estado impecável, dentro do plástico, publicidade portuguesa de outros tempos, velhos telefones fixos, até um cabide nascido de um suporte para o soro. A rotação do stock é grande – praticamente todas as semanas há novidades.

As peças de design industrial e vintage português estão em foco nesta loja, que mais parece uma casa: a casa de Susana e Luís, que só ali têm coisas de que gostam e nutrem um carinho especial pelo colecionismo (ela coleciona material escolar, ele isqueiros). Esse interesse vem de família e esteve na origem do negócio, em 2013, quando a crise obrigou à criação do próprio emprego. Se até há uns meses esta foi a ocupação integral de Susana, agora é a dos dois. E estão satisfeitos com a troca de morada, que os aproxima do público-alvo: os habitantes da cidade, não tanto os turistas.

Mochila com o urso Paddington, de 1977 e ainda por estrear, custa 28 euros.
Fotografia: André Gouveia/GI

O espaço é novo para o casal, mas já guarda muitas histórias. Ao que sabem, inicialmente foi construído para um convento de frades, e já funcionou como oficina de automóveis, armazém e estúdio de fotografia. Do Arco da Belha é um nome que lhe cai bem. Surgiu numa conversa de amigos em que alguém usou essa conhecida expressão – com «b» em vez de «v», claro.

Prado do Repouso

Nas traseiras da loja fica o cemitério do prado do repouso, que recebe visitas sobretudo de turistas internacionais. da outra ponta do cemitério têm vista para as icónicas pontes sobre o douro.

Algo está a fazer com que o sistema não consiga mostrar a ficha ténica desejada. Pedimos desculpa pelo incómodo.

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