Porto: no O’Kilo há roupa em segunda mão vendida ao peso

As paredes forradas a relva sintética dão um ar divertido à O'Kilo. (Fotografia: Igor Martins/Global Imagens)
Dois pisos e centenas de peças de roupa, calçado e acessórios preenchem a O’Kilo, uma loja onde a roupa em segunda mão é comprada ao quilo, num ambiente divertido.

Música, paredes forradas com relva sintética e até um carro antigo animam a experiência que é comprar na O’Kilo, uma enorme loja de roupa, calçado e acessórios, para mulher, homem, criança e bebé, em segunda mão, com morada na Rua de Santa Catarina.

Mas há mais um elemento que distingue este espaço de 500 metros quadrados, divididos por dois pisos: ali a roupa é comprada ao quilo, sendo que este vale 10 euros – com exceção dos acessórios, vendidos a 3 euros cada. Para que não haja dúvidas sobre quanto se vai pagar no final, há várias balanças distribuídas pela loja, para se ir pesando os artigos, escolhidos a partir de uma oferta reposta com frequência.

Há roupa para todos os estilos.
(Fotografia: Igor Martins/Global Imagens)

As peças, compradas em lotes, vindos de países europeus, como França ou Bélgica, são selecionadas – dando-se preferências às mais invulgares -, desinfetadas, passadas a ferro e postas à venda, divididas por tons. O sobrante é doado a instituições de cariz social.

Quanto aos estilos presentes na O’Kilo, há “um bocadinho de tudo”, explica Rita Seixas, responsável de comunicação. Numa visita, percebe-se que a aposta é, sobretudo, em peças mais atuais, e menos de época, que podem ser de marcas como Levi’s, Nike, Fred Perry, Zara e de outras “não tão presentes em Portugal”. Na loja há peças para vários gostos. Tanto se encontra roupa casual, como calças de vários géneros, camisolas de malha e de algodão, t-shirts, blusas, camisas e casacos, assim como roupa mais formal, caso dos vestidos de cerimónia e dos blazers, e há até fantasias para crianças.

O piso inferior da O’Kilo. (Fotografia: Igor Martins/Global Imagens)

A seleção vai adaptando-se à estação, pelo que atualmente se destacam os casacos de cabedal e de pele, os quispos, os sobretudos, os cachecóis e as camisolas grossas. A transição para o tempo quente será feita com roupa mais fresca, o que “vai compensar imenso porque a roupa é mais leve”, sublinha Rita.

A sustentabilidade está na base deste projeto, pensado por Sebástien, empresário francês da área do Marketing e da exportação têxtil, porque, tal como refere Rita, os recursos já foram utilizados para fazer estas peças, que estão como novas. “Ainda têm muita vida útil e podem ter mais uma história”, diz.

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