Porto: mais de 70 propostas artísticas espalhadas pela cidade

O Colectivo Lisarco traz ao Porto a sua criação mais recente. Fotografia: Colectivo Lisarco/DR
Espetáculos, paradas, instalações, oficinas e conferências integram a programação do MEXE - Encontro Internacional de Arte e Comunidade, que se realiza, de 16 a 22 de setembro, no Porto. Há atividades projetadas para locais tão distintos como o Teatro Carlos Alberto, a Estação de São Bento ou o Lavadouro das Fontaínhas.

Mais de 400 pessoas, de 27 grupos, vindos de seis países, participam na quinta edição deste encontro bienal apostado em mostrar, criar e debater arte comunitária. Desta feita, o tema é “o comum”, e está em foco a criação artística africana, latino-americana e do Sul da Europa.

Ao todo, são mais de 70 propostas artísticas, visando “despertar o debate em torno da construção de espaços criação, participação e cidadania em tempos de instabilidade política e social”, lê-se em comunicado.

Artistas e coletivos preparam-se para apresentar o trabalho que têm vindo a realizar com grupos do Porto, sendo que o evento trabalha principalmente com aqueles que, em regra, estão excluídos da cultura, como presidiários ou pessoas com deficiência.

“Isto é um Negro?”, da companhia brasileira EQuem Égosta?, será uma estreia nacional.
Fotografia: Rodrigo de Oliveira/DR

O cartaz inclui criações como “Isto é um Negro?”, da companhia brasileira EQuem Égosta?, sobre o que é ser negro e negra no Brasil, em estreia nacional no Teatro Carlos Alberto; “Children of The New World”, uma performance solo de dança sobre abuso infantil, coreografada e interpretada pelo bailarino tanzanês Samwel Japhet; ou ainda “Synectikos”, uma criação do espanhol Coletivo Lisarco, que trabalha com bailarinos com Síndrome de Down. De Portugal chega, por exemplo, uma proposta de Tânia Dinis nascida em colaboração com moradores e ex-moradores das Fontaínhas.

Uma das maiores novidades deste ano é o Mexe Praça, um ponto de encontro e discussão aberta, no Jardim de São Lázaro, com concertos, produção de uma fanzine e outras atividades.

O Mexe começa, oficialmente, no dia 16 de setembro, mas o aquecimento faz-se logo de 13 a 15, com um fim de semana dedicado ao cinema documental. Os sete filmes, a maioria em estreia nacional, são apresentados no Cinema Trindade e na Associação de Moradores da Lomba.

Pensamento, apresentação, formação e documentação são os eixos em torno dos quais se estrutura a programação, maioritariamente gratuita e com interpretação em Língua Gestual Portuguesa. O programa completo pode ser consultado aqui.

Até sexta-feira, dia 23, decorre uma campanha de crowdfunding para apoiar um grupo de participantes oriundo do Brasil, no que respeita à alimentação e ao alojamento.

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