Porto: já se pode subir ao arco da Ponte da Arrábida (e com desconto)

Pedro Soares e Mariana Amaral já fizeram a visita, que agora está com preço especial. Fotografia: Pedro Granadeiro/GI
A empresa Porto Bridge Climb retomou as visitas ao arco da Ponte da Arrábida, com medidas reforçadas de segurança e preços especiais. Há subidas em seis horários diferentes, entre as 16h45 e as 20h30, e até domingo, 7 de junho, o bilhete custa 12 euros por pessoa (o valor mínimo habitual é 16 euros).

Ao fim de 70 dias de interrupção, a Porto Bridge Climb voltou a fazer visitas ao arco da Ponte de Arrábida. Desde o passado dia 23 que se pode conhecer aquele Monumento Nacional de uma maneira diferente: vencendo os 262 degraus que levam ao topo do arco, 65 metros acima do rio. Em dias limpos, lá do alto vê-se parte do tabuleiro da Ponte D. Luís, uma série de torres (da Igreja do Marquês, dos Clérigos, da Sé ou a da RTP, à direita, no Monte da Virgem), e até serras mais distantes, como a de Valongo.

Cada altura do ano oferece uma experiência memorável, até quando há neblina, defende o responsável por aquela atração, Pedro Pardinhas: “O principal é estar-se num edifício assim, debaixo de uma autoestrada onde as pessoas já passaram centenas de vezes e não tiveram um minuto para ficar a olhar. Aqui, pode-se apreciar as coisas com calma”.

Fotografia: Pedro Granadeiro/GI

Não se trata de uma atividade radical, nem há pressa. Ainda antes de subir as escadas, apoiados num corrimão e acompanhados por um guia, os visitantes põem um arnês preso a um fio de aço que nunca largam. Durante a visita, são partilhadas curiosidades sobre a ponte e, no cimo, há uma paragem de pelo menos 20 minutos, para as pessoas ficarem a desfrutar da paisagem – e de uma pequena surpresa para o palato.

Complementarmente, há uma exposição que conta a história da Ponte da Arrábida, inaugurada em 1963, e do seu projetista, Edgar Cardoso, bem como algumas curiosidades associadas. Exemplos? Quando foi construída, era o maior arco de betão do Mundo, e foi o maior, na Europa, até 1982. Atravessa o Douro no Pego das Dezoito Braças, o sítio onde o rio é mais profundo (40 metros).

Pedro Pardinhas já teve clientes que, em tempos, subiram ao arco da ponte sorrateiramente, incluindo “um senhor que fugiu de casa quando era adolescente e chegou a dormir nos túneis que têm passagem para o outro lado”.

A ideia inicial de Pedro Pardinhas era reativar os elevadores que iam até ao tabuleiro da ponte; mas entretanto descobriu que o arco era visitável e em tempos havia quem o subisse, mesmo sem condições de segurança (as escadas só existem desde 2002). São muitos os relatos de pessoas que usavam aquele espaço, clandestinamente, como zona de lazer, entre 1963 e 2009. Iam para lá beber copos, fazer festas e apostas.

Para os portuenses, em especial, a experiência “tem um significado emocional forte”, conta Pedro, acrescentando que já teve clientes que, em tempos, subiram aquele arco sorrateiramente, incluindo “um senhor que fugiu de casa quando era adolescente e chegou a dormir nos túneis que têm passagem para o outro lado”.

Fotografia: DR

Se antes da pandemia podiam subir até 13 pessoas de cada vez, neste momento, a visita está limitada a sete. A reserva prévia é obrigatória, assim como o uso de máscara e o distanciamento de pelo menos dois metros.

A empresa fornece dispensadores com álcool gel, luvas de nitrilo para quem as quiser usar e máscaras descartáveis, caso haja esquecimentos. Arneses e ganchos são trocados e desinfetados após cada visita.

Há casa de banho na receção, que aproveita as antigas instalações dos ascensoristas. Para a encontrar, basta procurar as bandeiras amarelas.

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