Durante quatro anos, no âmbito de uma residência artística na Póvoa de Varzim, o autor Helder Luís percorreu o mar a bordo de várias embarcações, “acompanhando a vida no mar de muitas tripulações”. Como o próprio explica no texto de apresentação do livro “Sardinha – o sem fim da pesca do cerco”, foi “uma viagem sem guião, que coloca em evidência a dimensão nacional da pesca da sardinha, a pesca das pescas do mar português, mas também uma saga humana pouco mais do que invisível, a não ser quando há notícia de naufrágios ou quando se reabrem os debates sobre a escassez do recurso”.
O livro que saiu desta residência foi lançado o ano passado (artigo na Evasões aqui) e dá agora origem à exposição fotográfica com o mesmo nome, no Museu Marítimo de Ílhavo. É inaugurada dia 30 e poderá ser visitada até 23 de fevereiro do próximo ano.
“Percorri a maior parte dos portos de pesca, a bordo de barcos da Póvoa de Varzim, das Caxinas e de Vila do Conde, acompanhando as suas tripulações em dezenas de viagens, observando, escutando, fotografando. Essa experiência está agora traduzida em fotografias e em textos, em infografias e em desenhos técnicos que procuram retratar a vastidão da pesca do cerco”, conta.
A inauguração acontece pelas 17 horas e, a seguir, haverá a Conversa de Mar “Sardinha: Sustentabilidade da vida marinha”, com a participação do autor Helder Luís e de Diana Feijó (IPMA), onde será abordada a importância da gestão sustentável da pesca do cerco para preservar os nossos ecossistemas.
Mais informações: museumaritimo.cm-ilhavo.pt
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