É uma espécie de floresta encantada no meio da cidade, ligando-a, sob um “céu de vidro”, ao Hospital Termal, pioneiro no Mundo a “curar certas maleitas”. Foi assim, através das “águas mornas e com características especiais” que a rainha D. Leonor descobriu a terra onde a realeza e a fidalguia haveriam de encontrar um porto de abrigo no século XIX. Mais tarde, tornar-se-ia palco de várias artes, um gosto que perdura.
Só por si, o parque encerra em cada canto uma natural paleta de cores únicas: a terracota do chão, o lago, os patos, os pavões que se passeiam nos terraços da cidade, voam até aos beirais dos prédios antigos e dali observam todo o movimento. É o resultado do romantismo com que o arquiteto Rodrigo Berquó o desenhou, nos finais do século XIX. E por isso é complexo eleger um cartão de visita do parque, já que esse tanto pode ser o Lago, pérgula próxima do Museu Malhoa (quando se enche de Glicínias floridas), a casa dos barcos, os imponentes pavilhões, ou o Céu de Vidro (antiga casa da cultura e clube de recreio).
Talvez um dos segredos mais bem guardados seja a Mata Rainha D. Leonor. Por ser um lugar “tranquilo, sereno, incrivelmente bonito”, como descreve Dora Mendes, responsável do Museu do Hospital, que tem o privilégio de ali “morar” todos os dias. É entre o aqueduto e Chafariz das 5 Bicas de D. João V, e a fábrica Bordalo Pinheiro, que fica um caminho a descobrir.
Um local próximo para comer
Pastelaria Machado
O verde dos azulejos que revestem este espaço emblemático das Caldas da Rainha quase parece uma extensão do Parque. O edifício da pastelaria Machado prende o olhar de quem atravessa a rua, mas lá dentro fica-se mesmo refém é da doçaria de fabrico próprio. Rua Luís de Camões, 41. Tel: 262832255. Das 7h30 às 19h30. Não encerra.
Longitude : -8.2245