Oito séries espanholas para ver na Netflix (além d’ A Casa de Papel)

"Alguém tem de morrer" tem como cenário a Espanha dominada pelo regime de Franco. (Fotografia: DR)
A série "A Casa de Papel", em exibição na Netflix, tornou-se num fenómeno de culto e deu especial visibilidade à ficção espanhola, que abunda naquele serviço de streaming. Enquanto não sabemos como prossegue a história daqueles assaltantes tão acarinhados pelos espetadores, há mais séries oriundas de Espanha para ver em casa, de diversos géneros.

1# Alguém tem de morrer (2020)

Carmen Maura, Ester Expósito e Alejandro Speitzer dão corpo a algumas das personagens desta mini série, que tem como cenário a Espanha conservadora dos anos 1950, dominada pela ditadura de Franco. A história arranca com o regresso ao país de um rapaz que a família quer ver casado com uma determinada mulher. Mas ele, que vem do México com um amigo, bailarino de profissão, não está disposto a cumprir essa vontade. Jogos de poder, paixão, repressão e homofobia são temas bastante presentes nesta criação de Manolo Caro, que combina drama, thriller e crime. CF

(Fotografia: DR)


2# White lines (2020)

Muito se falou cá da série “White lines”, de Álex Pina, criador d’ “A Casa de Papel” – em grande parte, por haver dois atores portugueses no elenco: Nuno Lopes e Paulo Pires. A trama desenrola-se em Ibiza, partindo da descoberta do cadáver de um famoso DJ desaparecido 20 anos antes. Quando a irmã da vítima viaja para a ilha, empenhada em solucionar o mistério, desenterra todo um passado envolvendo famílias poderosas, drogas e outros excessos; e põe em causa a vida estável construída na Manchester natal, de onde o irmão fugira, com amigos, empenhado em ter uma vida cheia, rente à música. CF

(Fotografia: DR)


3# The minions of Midas/A mão de Midas (2020)

Crime, drama e thriller misturam-se nesta mini série de seis episódios, inspirada num conto de Jack London, datado de 1901, mas cujo palco é a Madrid contemporânea. Um editor milionário é alvo de chantagem por parte de uma organização misteriosa: compete-lhe tomar uma decisão que pode significar a morte de outras pessoas e promete abalar as suas estruturas. Enquanto isso, as autoridades embarcam numa corrida contra o tempo, para impedir que haja mais vítimas. CF

(Fotografia: DR)


4# El desorden que dejas (2020)

Do criador de Elite (Netflix) e Física o Química (SIC Radical), Carlos Montero, chegou no ano passado à Netflix esta série de oito episódios. O thriller, com muito suspense à mistura, desenrola-se em Novariz, uma aldeia galega fictícia, mas inspirada nas da região, à qual Raquel (Inma Cuesta), uma jovem professora de literatura, e o marido chegam para dar uma segunda oportunidade ao casamento. Contudo, na escola secundária onde ela começa a trabalhar, os alunos – um deles interpretado por Arón Piper (Ander Miñoz em “Elite”) – começam a ter comportamentos estranhos, o que a faz ir à procura de respostas. ALS

(Fotografia: DR)


5# Valeria (2020)

Valeria (Diana Goméz) é uma escritora em crise, tanto pessoal como profissionalmente, que encontra apoio nas amigas Carmen (Paula Malia), Lola (Silma López) e Nerea (Teresa Riott), com quem se reúne em serões ao final do dia. A série de comédia-drama, baseada na saga literária “En los zapatos de Valeria”, de Elísabet Benavent, acompanha as aventuras das quatro em momentos como a procura de casa, o começo de um novo emprego e a utilização de aplicações de relacionamentos. Filmada em Madrid, em esplanadas, restaurantes e bares de bairros como Chueca, La Latina e Malasaña, “Valeria” acaba por ser uma maneira de viajar pela capital espanhola, em oito episódios de 37 a 46 minutos. Está prevista a estreia da segunda temporada ainda este ano. ALS

(Fotografia: DR)


6 # Alta Mar (2019)

Realização apurada, guarda-roupa deslumbrante, boas interpretações e um enredo capaz de cativar a atenção do espetador do princípio ao fim. São eles alguns dos ingredientes que ajudam a explicar o sucesso de Alta Mar, a quarta série espanhola lançada originalmente pela Netflix, em maio de 2019. Criada por Gema R. Neira e Ramón Campos e escrita por este último em conjunto com outros guionistas, a história gira em torno das irmãs Eva e Carolina, que se veem a braços com assassinatos e mistérios a bordo do navio de luxo Bárbara de Braganza, numa travessia entre Espanha e o Rio de Janeiro. É uma série de época – afinal, passa-se em 1947 – e que lembra os mistérios de Agatha Christie, segundo a crítica especializada. Alta Mar tem três temporadas e um total de 22 episódios. AR

(Fotografia: DR)


7# Fariña (2018)

Esta série, passada na Galiza da década de 1980, conta a história de um jovem pescador que começa por contrabandear tabaco, acabando por virar um traficante de cocaína de relevo. É uma criação de 2018, já premiada, e assente num caso verídico. Em foco está o tráfico de estupefacientes com origem da América Latina em solo europeu, tendo como porta de entrada o norte da Península Ibérica – com todas as peripécias resultantes. Estão garantidos ação, intriga política e drama. Até porque, na base de tudo, esteve uma crise – bem real – no setor da pesca. CF

(Fotografia: DR)


8# As telefonistas (2017)

Esta série estreou na Netflix em maio de 2017 e rapidamente se tornou uma das mais aclamadas entre os utilizadores da plataforma. A história é protagonizada por quatro jovens – Lidia, Angeles, Carlota e Marga – que trabalham numa moderna empresa de telecomunicações na Madrid de 1928 e aborda episódios de amor, ódio e raiva em relação a quem com elas se relaciona. Focadas são também, naturalmente, as dificuldades que as mulheres enfrentaram naquela época: opressão da bissexualidade, violência doméstica, aborto, transexualidade e desigualdade de género e raça. A série tem cinco temporadas, compostos por 42 episódios. AR

(Fotografia: DR)


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