O trilho recente que liga a Tapada da Ajuda a Monsanto em bicicleta e a pé

Tapada da Ajuda.
Serviu de zona de caça e refúgio para famílias reais, mas a recente renovação dos seus trilhos pedonais e cicláveis reforçou a presença da Tapada da Ajuda no mapa dos amantes de bicicleta. Um dos percursos faz ligação ao Parque Florestal de Monsanto.

O seu terreno amplo, somando cerca de cem hectares, já tornavam este espaço verde numa alternativa central e segura para fugir ao ruído citadino, mas a renovação e extensão dos trilhos pedestres e cicláveis na Tapada da Ajuda, a propósito da iniciativa Lisboa Capital Verde, há um ano e meio, veio reforçar a presença do parque entre os praticantes de caminhadas e passeios de bicicleta. O recente trilho que passa a ligar Alcântara ao Anfiteatro Keil do Amaral, no Parque Florestal de Monsanto, é um desses exemplos.

Trata-se de um percurso de 4,3 quilómetros, de dificuldade considerada baixa – apesar das ligeiras subidas e descidas – em solo alcatroado ou terra batida, e sempre sinalizado, quer pelas faixas no chão, quer pelos sinais na margem da via. O início faz-se pelo Portão da Ponte (na Rua Professor Vieira Natividade), um dos quatro portões de acesso à Tapada da Ajuda, em Alcântara, e só termina em Monsanto, naquele que é o maior espaço verde alfacinha.

O novo trilho une a Tapada da Ajuda ao Anfiteatro Keil do Amaral. (Fotografias: Tapada da Ajuda)

A flora da Tapada da Ajuda permite passeios em duas rodas ao longo de bosques de zambujeiros, alfarrobeiras, aroeiras-bravas, castanheiros-da-Índia e pinheiros, mas também de plantas como madressilvas, abrunheiros, gilbardeiras e pilriteiros. O arvoredo não é o único cenário natural deste trilho pedonal e ciclável, que passa ainda junto a plantações de olival em sebe, hortas variadas, zonas de descanso como o Anfiteatro de Pedra, o parque de merendas com as necessárias sombras e área de churrasco, e o próprio Tejo e o Cristo Rei, que espreitam aqui e ali, nas zonas mais altas da Tapada. Um desvio de poucos metros leva-nos a um dos ex-líbris do parque, o Pavilhão das Exposições, num elegante edifício de ferro e vidro que se tornou conhecido por acolher as suas exposições nacionais de floricultura, e cuja arquitetura se pode apreciar do exterior.

A história deste pulmão verde, de resto, remonta ao século XVI, tendo sido inicialmente utilizado durante a dinastia filipina como parque de caça. Só no século seguinte, pela mão do rei D. João IV, tornou-se local de eleição para estadas da família real. Durante os últimos cem anos, a Tapada da Ajuda ganhou uma nova camada, a educacional, com a chegada do Instituto Superior da Agronomia. Sem nunca perder o seu caráter de refúgio verde na capital, como bem recorda uma das mensagens escritas a vermelho numa estrutura em madeira, logo no início do trilho, de quem parte de Alcântara: “here we are happy”.

O trilho pedonal e ciclável tem quatro quilómetros.

 

Duas sugestões para fazer em redor:

Adoçar o palato

Chegou à Lx Factory, em Alcântara, há seis anos, mas a fidelização do público fez a Brigadeirando crescer e expandir-se em esplanada e espaço interior, ganhando dois balcões onde se pode assistir à produção. Há dezenas de sabores de brigadeiro, a paixão da brasileira Carolina Henke, mas também tartes, cookies, brownies, pavlovas e salgados.

Comer, beber e dançar das Docas

Chama-se Contra, é um dos últimos reforços da Doca de Santo Amaro, em Alcântara, e junta comida, cocktails, exposições, mostras de pintura, poesia, concertos e animação de DJ ao fim de semana, com direito a pista de dança. Basta estar atento à agenda nas redes sociais. Taco de camarão, croquetes vegetarianos e de cachaço, tártaros e ceviches fazem parte da carta.




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