O que ver à volta da centenária Feira dos Vinte em Vila de Prado

A Capela do Bom Sucesso é um dos pontos de interesse. (Fotografia de Miguel Pereira/GI)
É este fim de semana que se celebra a Feira dos Vinte, uma das tradições mais antigas da vila. Ao campo de feira também se vai para conviver, comer bem, conhecer o comércio local.

O campo da feira de Prado, instalado bem no centro da vila, é conhecido por muitos nomes, mas o mais consensual é Largo de São Sebastião, não fossem em sua honra as festas que ali atraem centenas de pessoas nos dias 18, 19 e 20 de janeiro. A principal atração das festividades é a Feira dos Vinte, uma tradição centenária que remonta ao reinado de D. Dinis, no século XIV, e que continua a realizar-se todos os anos, no dia 20. Mas se antes o principal propósito da feira era a troca e venda de gado bovino e cavalar, com o passar do tempo a oferta passou a incluir também máquinas agrícolas, coudelaria, hortícolas e outros produtos. Este ano, o programa de festas inclui um festival de folclore, espetáculo equestre e um encontro de reis, com animação pela noite dentro. Já no dia da feira há ainda tempo para um concurso pecuário, passeios a cavalo e charrete. À mesa também se celebra a tradição: o prato oficial destes dias são as papas de sarrabulho, ou papas à Moda dos Vinte, que têm lugar de destaque na carta dos restaurante aderentes, durante todo o mês de janeiro.

 

01. Biblioteca de Prado – Comendador Sousa Lima | Rua do Bom Sucesso, 2
A Biblioteca de Prado está instalada na antiga Escola Primária do Bom Sucesso, um edifício centenário mandado erguer pelo Comendador António José de Sousa Lima – daí o nome. Até ao final do mês, o espaço acolhe a exposição “60 anos de Escutismo na Vila de Prado”, em celebração do 60.º aniversário do Agrupamento XVI. A mostra reúne dezenas de documentos e fotografias, lenços e bandeiras que lembram al- guns dos momentos mais marcan- tes do escutismo na vila. Encerra sábado e domingo.

(Fotografia de Miguel Pereira/GI)

 

02. Capela do Bom Sucesso/São Sebastião | Largo Antunes Lima, 9A
Oficialmente, a pequena capela de ar singelo, erguida no cimo de um grande penedo, é dedicada a Nossa Senhora do Bom Sucesso, mas a devoção ao mártir São Sebastião faz com que seja esse o nome por que é mais conhecida. A sua construção data de inícios do século XIX e no interior sobressaem os bonitos painéis de azulejos em padrões de azul e branco.

(Fotografia de Miguel Pereira/GI)

 

03. 03 Manjar do Mar | Rua Dr. António Francisco Gonçalves, 18
Ao fim de 20 anos a trabalhar em cruzeiros, que o levaram a conhecer o Mundo, Anacleto Pereira decidiu voltar para casa (com uma mão cheia de histórias), juntar a experiência em restauração com o amor pelo mar, e abrir um restaurante, juntamente com o irmão, Aníbal. Abriu portas em 1996, como marisqueira, mas depressa se foram juntando outras especialidades aos produtos do mar. Os pratos da gastronomia regional também são aposta forte na ementa, em especial a carne barrosã e o cabrito assado no forno (só ao domingo). Por altura das festas de São Sebastião também há papas e para acompanhar, a lista de vinhos reúne mais de uma centena de sugestões. Preço médio: 20 euros.

(Fotografia de Miguel Pereira/GI)

 

04 . Cafetaria Santa Maria | Rua Francisco Lopes Ferraz, 12
No verão passado, a vila ganhou uma nova cafetaria onde apetece estar. De decoração acolhedora, com poltronas em tons pastel e música ambiente. Atrás do balcão está Cristina Lima, que ao fim de 25 anos no ensino mudou de ares e tomou as rédeas do antigo café do tio. As panquecas são a estrela da casa – em especial a que junta fruta, iogurte, compota e granola -, mas também há espaço para bolos caseiros, crepes, waffles e limonadas. “Tudo o que faço é em casa com os meus filhos”, conta Cristina. Há ainda um cantinho com produtos artesanais de Vila Verde: mel, compotas, licores e cerveja. Das 08h às 19h. Domingo das 09h às 13h.

(Fotografia de Miguel Pereira/Gl)

 

05. Casa Azevedo | Rua do Bom Sucesso, 30
Maria de Jesus orgulha-se de dizer que a Casa Azevedo foi das primeiras na vila dedicada ao produtos agrícolas. Ela e o marido comandam os destinos do negócio há 40 anos, desde que voltaram de França, onde estiveram emigrados. A antiga casa de campo onde se instalaram é a moldura perfeita para o que ali vendem: sementes, adubos, rações, árvores de fruto. Mas também há quem ali entre à procura de dois dedos de conversa. Encerra ao domingo.

 

06. Retrosaria da Zeza | Travessa do Bom Sucesso, 5
“O meu enxoval foi feito naquela máquina”, conta Zeza ao apontar para uma antiga máquina de costura que pertenceu à bisavó e hoje faz parte da decoração da loja a que dá o nome. É mais do que uma retrosaria, já que às linhas, botões e agulhas também se juntam alguns trabalhos em madeira, bordados e peças personalizadas. Há ainda lugar para saquinhos com motivos dos lenços dos namorados e outro artesanato regional. Encerra ao domingo.

(Fotografia de Miguel Pereira/Gl)




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