Publicidade Continue a leitura a seguir

O Castelo de Porto de Mós é uma varanda para a Serra de Aire e Candeeiros

Castelo de Porto de Mós. (Fotografia: Nuno Brites/Global Imagens)

Publicidade Continue a leitura a seguir

É uma história de resistência a do castelo de Porto de Mós. Talvez aquela força nasça ali mesmo, nas entranhas da SERRA DE AIRE E CANDEEIROS, nas águas da fonte que anda a ser preservada, na calçada que leva os visitantes até às salas de exposições. Por estes dias, há um novo passadiço que torna mais acessível o monumento que se ergue sobre a vila. A meio do caminho, uma espreguiçadeira ampla convida à contemplação. “Todos os dias temos turistas. E é curioso porque nos últimos tempos somos visitados por mais turistas estrangeiros, famílias, com crianças pequenas”, conta à Evasões Eduardo Amaral, vice-presidente da Câmara de Porto de Mós, a meio caminho entre as torres do castelo e uma das salas destinadas precisamente a atividades com os mais novos. Por ali prepara-se agora a noite das bruxas, e adivinha-se o cenário perfeito: um castelo (assombrado), o cemitério aos pés, e o breu da noite.

(Fotografia: Nuno Brites/Global Imagens)

Porto de Mós, uma das vilas mais pitorescas da região de Leiria, guarda um dos mais originais castelos portugueses. “Ainda que as fontes narrativas aludam à presença, por finais do século XII, de um castelo em Porto de Pós – do qual teria sido alcaide o célebre D. Fuas Roupinho, personagem cuja existência está mais envolta em dúvidas do que em certezas, a verdade é que nem as fontes documentais nem a arqueologia confirmam essa hipótese”, escrevem Miguel Gomes Martins e Libório Manuel Silva no livro Castelos – Maravilhas de Portugal.

Ao longo dos séculos, o castelo acumulou influências militares, góticas e renascentistas. Porém, remete-nos para um Paço, uma residência senhorial fortificada, “cuja traça reflete a influência de modelos arquitetónicos italianos, com os quais o conde D. Afonso contactou em 1451-52 durante as suas viagens à Península Itálica”, o que é visível nos dois coruchéus que encimam as duas torres. Dali avista-se uma paisagem ímpar. Todo o casario, e a imensidão da serra de Aire e Candeeiros, de onde se destaca a Fórnea: um recuo pronunciado em forma de anfiteatro, de uma zona baixa para dentro de um planalto calcário, que começa em Chão das Pias – Serro Ventoso – e desce até Alcaria.

Grutas
As Grutas de Mira de Aire são as maiores grutas visitáveis em Portugal. Está aberta ao público um área de 600 metros, dos 11 quilómetros que as constituem. Devido ao seu interesse estão classificadas e protegidas

FICAR

(Fotografia: Nuno Brites/Global Imagens)

(Fotografia: Nuno Brites/Global Imagens)

Ana Martinez descobriu Alvados e as ruínas de uma antiga casa rural no final de 2007, no meio de umas férias em São Pedro de Moel. Era hospedeira de bordo, morava em Paris com o marido (empresário de moda) e ambos queriam mudar de vida. Apaixonaram-se pela serra e ali ergueram a Casa Boho, fiel ao estilo boémio de que sempre gostaram, em harmonia em a natureza. São 8 quartos (um deles suite júnior), um jardim e piscina ao redor de duas enormes nogueiras e muita vegetação. “Estamos no meio do nada mas perto de tudo”, dizem-lhe os hóspedes, que desde 2014 têm feito crescer aquela casa de alojamento local.

COMER

(Fotografia: Nuno Brites/Global Imagens)

(Fotografia: Nuno Brites/Global Imagens)

O restaurante Ponte Vista ainda cheira a novo (abriu este verão) e de qualquer mesa tem uma vista privilegiada para qualquer lugar. Porém, talvez a melhor seja aquela que nos devolve o castelo. Para sermos precisos: o melhor é o que se come ali. Desde as entradas à sobremesa, o difícil é escolher entre as opções do chef Telmo Coelho. Ao domingo, não há como escapar ao cabrito no forno nem ao cozido à portuguesa. É imperdível o bolo de requeijão com sopa de frutos vermelhos e crumble, ou o “instagramável” pudim de chá verde, feito numa forma a fazer lembrar as torres do castelo.

Algo está a fazer com que o sistema não consiga mostrar a ficha ténica desejada. Pedimos desculpa pelo incómodo.