Novo trilho pedestre da Ilha Terceira liga dois dos seus locais mais visitados

Novo trilho pedestre da Ilha Terceira liga dois dos seus locais mais visitados
Algar do Carvão, Ilha Terceira. (Foto: DR)
Com seis quilómetros de extensão, o novo trilho pedestre da Ilha Terceira passa a unir dois dos seus monumentos naturais mais visitados, o Algar do Carvão e as Furnas do Enxofre. Pelo caminho, há vistas panorâmicas sobre o Pico Alto ou a Caldeira Guilherme Moniz.

A ilha Terceira, nos Açores, tem um novo trilho pedestre, que está inserido numa área protegida e liga dois dos mais visitados monumentos naturais da ilha: o Algar do Carvão e as Furnas do Enxofre. “É um trilho extraordinariamente rico ao nível da diversidade do património natural e ambiental, que muito vem enriquecer a rede de trilhos da ilha Terceira e dos Açores e reforçar esta oferta em termos turísticos e valorizando, sobretudo, ainda mais a região enquanto destino turístico de natureza”, adiantou à Lusa o secretário regional do Ambiente e Alterações Climáticas, Alonso Miguel.

O trilho tem uma extensão de 6,6 quilómetros, em rota circular, e está inserido no Parque Natural da Ilha Terceira e integrado na Área Protegida para a Gestão de Habitats ou Espécies do Planalto Central e Costa Noroeste. Segundo Alonso Miguel, o percurso, criado pelos funcionários da secretaria, começou a ser trabalhado há dois anos, mas “demorou atendendo a questões que derivam da pandemia de covid-19”. “Todas as estruturas do trilho foram feitas com madeira local, proveniente dos trabalhos de remoção de árvores exóticas, como o eucalipto, para restauro ecológico daquela área”, avançou.

O Algar do Carvão, cone vulcânico situado na freguesia de Porto Judeu. (Foto: DR)

O titular da pasta do Ambiente nos Açores salientou que o trilho oferece “magníficas vistas panorâmicas sobre diversas formações geológicas e geossítios, como a Caldeira Guilherme Moniz, o Pico Alto ou a Caldeira de Santa Bárbara e os Mistérios Negros” e permite “caminhar ao longo de manchas de floresta Laurissilva e de flora autóctone”. Alonso Miguel disse ainda que é possível “observar diversas zonas de restauro ecológico e paisagístico, nomeadamente áreas intervencionadas para erradicação da flora invasora, para plantação de flora endémica e de recuperação de turfeiras degradadas”.

“É uma forma de conseguir caminhar ao longo desta zona protegida sem causar qualquer tipo de dano para o ambiente e, mais do que isso, tem uma componente pedagógica, porque permite a quem faz este trilho ter noção dos trabalhos de restauro ecológico e paisagístico que estão a ser conduzidos pela Secretaria Regional do Ambiente e Alterações Climáticas”, frisou.

O secretário regional do Ambiente considerou que este trilho é uma “oferta turística ímpar”, mas também dá oportunidade aos residentes de conhecerem melhor as paisagens da ilha Terceira. “É um cartão de visita. É a nossa imagem de marca. Quanto mais oferta tivermos neste setor ao nível dos trilhos pedestre, mais nos distinguimos e mais conseguimos ter para oferecer a quem nos visita. É também uma oportunidade, desde logo, para dar a conhecer muitas das belezas que temos nas nossas ilhas aos próprios residentes e açorianos, que muitas vezes por falta de acessibilidade não conhecem muitos desses ex-líbris”, realçou.




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