Na Quinta da Chocapalha há uma paixão vínica que junta pais e filhas

Na Quinta da Chocapalha a paixão pelos vinhos passa de pais para filhas. (Fotografia: Leonardo Negrão/GI)
Há duas décadas que os Tavares da Silva produzem vinho nas encostas na Quinta da Chocapalha, a 40 minutos de Lisboa. Hoje em dia, há visitas guiadas às vinhas e adega, provas e almoços para conhecer melhor este negócio familiar, que soma 250 mil garrafas por ano e chega a 25 países.

Dos quase 80 hectares de terreno, mais de metade são ocupados por vinhas. Estão espalhadas pelas encostas deste vale, num cenário organizado e em tons de verde muito diferente daquele que Paulo e Alice Tavares da Silva conheceram. Corriam os primeiros dias de 1987 quando o ex-oficial da marinha decidiu mudar de ares e de vida, adquirindo esta propriedade, cujos primeiros registos remontam ao século XVI.

O que restava das vinhas da Quinta da Chocapalha, próximo de Alenquer, estava de tal forma danificado que a replantação resultou num processo moroso de oito anos. «Todo aquele trabalho duro deu frutos», recorda Alice, suíça a viver em Portugal desde os seus 22 anos.

Na Aldeia Galega da Merceana, este enoturismo situado a menos de uma hora de distância de carro de Lisboa começou por produzir 25 mil garrafas, em 2000. Hoje, ronda as 250 mil anuais. O resultado de um processo de crescimento, sempre feito em família, com duas das três filhas dentro deste negócio vínico: Andrea trata das finanças e Sandra é a enóloga da quinta, tendo sido, também, uma das primeiras mulheres a exercê-lo em Portugal. «A proximidade com o mar e o facto de estarmos numa zona com grandes amplitudes térmicas ajuda a dar frescura e alguma acidez aos nossos vinhos», explica a enóloga.

As 13 castas que a Chocapalha cultiva atualmente – oito tintas e cinco brancas – podem ser visitadas por qualquer um, numa das várias atividades que a quinta proporciona. As visitas guiadas levam-nos pelas vinhas – e por estes dias já se pode assistir à vindima -, pelo processo de produção do vinho na adega, e por uma prova de vinhos, com direito a tábua de queijos, enchidos e pão saloio. A esta experiência de duas horas, a 36 euros por pessoa, pode acrescer um almoço numa sala junto à piscina exterior da Chocapalha, por 85 euros.

Os vinhos podem e devem ser comprados neste enoturismo, mas também se vendem em supermercados selecionados e provam em restaurantes Michelin como o Alma e o Belcanto. As 18 referências, onde se incluem duas com base em vinhas velhas, têm preços democráticos que oscilam entre os cinco e os 45 euros. A garrafeira situa-se numa zona da nova adega, construída há cinco anos para acompanhar o crescimento da marca, mas é no terraço desta que se tem uma vista panorâmica para as encostas e as aldeias em redor, como a Abrigada, a Gavina e Barbas. Deste ponto alto, também se avistam as muitas pereiras que ajudam a vestir a Chocapalha de verde: a Pêra Rocha do Oeste é a segunda produção deste enoturismo.

Algo está a fazer com que o sistema não consiga mostrar a ficha ténica desejada. Pedimos desculpa pelo incómodo.

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