Museu do Holocausto do Porto abre a 5 de abril com entrada gratuita

O Museu do Holocausto do Porto abre dia 5 de abril. (Fotografia: Leonel de Castro/GI)
A abertura do Museu do Holocausto do Porto foi adiada devido ao confinamento, mas já tem nova data. A partir da próxima segunda-feira, o espaço abre portas aos visitantes, com entrada gratuita até ao final de maio.

Inicialmente marcada para a data simbólica de 27 de janeiro, Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto, a inauguração daquele que é o primeiro museu sobre o tema na Península Ibérica foi adiada devido ao início do segundo confinamento. Mas com as restrições a serem gradualmente levantadas, o Museu do Holocausto do Porto vai finalmente abrir portas, já na próxima segunda-feira, 5 de abril. As visitas são gratuitas até ao final de maio.

Em declarações à Lusa, a Comunidade Judaica do Porto (CJP), responsável pela criação do museu, explica que o espaço “retrata a vida judaica antes do Holocausto, o nazismo, a expansão nazi na Europa, os guetos, os refugiados, os campos de concentração, de trabalho e de extermínio, a Solução Final, as marchas da morte, a libertação, a população judaica no pós-guerra, a fundação do Estado de Israel”.

 

Neste novo espaço museológico existe uma reprodução dos dormitórios do campo de concentração de Auschwitz, assim como uma sala de nomes, um memorial da chama, cinema, sala de conferências, centro de estudos, corredores com a narrativa completa e, à imagem do Museu de Washington, fotografias e ecrãs exibindo filmes reais sobre o antes, o durante e o depois da tragédia.

Tutelado por membros da Comunidade Judaica do Porto cujos pais, avós e familiares foram vítimas do Holocausto, o Museu do Holocausto no Porto desenvolverá parcerias de cooperação com museus do Holocausto em Moscovo, Hong Kong, Estados Unidos e Europa, contribuindo para “uma memória que não pode ser apagada”.

 

“A construção do Museu do Holocausto no Porto contou com um donativo substancial de uma família sefardita portuguesa do Sudeste da Ásia que foi vítima de um campo de concentração japonês durante a Segunda Guerra Mundial”, de acordo com os responsáveis da CJP.

Em 2013, a Comunidade Judaica do Porto (CJP) partilhou com o Museu do Holocausto de Washington todos os seus arquivos referentes a refugiados que passaram pela cidade portuense. Estes arquivos, agora regressados à cidade, incluem documentos oficiais, testemunhos, cartas e centenas de fichas individuais. No museu estão ainda expostos dois Sifrei Torá (rolos da Torá) oferecidos à sinagoga do Porto por refugiados.

 

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