Melgaço: Água termal no meio da natureza

Termas de Melgaço (Fotografia: Artur Machado/GI)
O parque termal localizado no lugar do Peso, freguesia de Paderne, reabriu este verão, e aos tratamentos clássicos junta também a vertente de spa. Ao redor, há um parque de frondosas árvores para passear.

Desde 1864 que as propriedades terapêuticas das águas de Melgaço atraem visitantes ao complexo termal do Peso, embrenhado num parque de vegetação densa que ainda hoje convida a passeios morosos, por entre a frescura das árvores altas. Mas nem sempre foram tempos áureos para as Termas de Melgaço. Depois de mais de uma década ao abandono, a estância termal foi totalmente reabilitada em 2013, e tem sido alvo de várias reestruturações.

A última renovação aconteceu este ano, e com a reabertura, no verão, foram reativados os tratamentos clássicos, aliados a uma nova vertente de bem-estar e spa, com sauna, banho turco e diversas massagens, como as que utilizam pedras quentes e as massagens especiais para grávidas, com drenagem linfática, realizadas numa marquesa com uma abertura na zona abdominal, para facilitar a posição de barriga para baixo.

Outra das atrações é a grande piscina termal, instalada num pavilhão envidraçado que deixa ver os jardins ao redor, e que se pode desfrutar em família.

A água das termas – uma água gasocarbónica bicarbonatada, sódica e magnesiana – é especialmente indicada para o tratamento da diabetes, e tem também aplicação terapêutica associada ao aparelho digestivo, ao aparelho respiratório superior e doenças reumáticas.

Além dos tratamentos e dos serviços de spa do Balneário, uma visita ao parque termal não fica completa sem entrar no belíssimo edifício da Fonte Principal, onde se encontra o Buvete que permite provar a água diretamente da fonte. O pavilhão, construído no início do século XX, encanta pela sua estrutura em ferro, desenhada por Luís Couto dos Santos, com vitrais coloridos a toda a volta e o chão em azulejo.

Fonte Principal (Fotografia: Artur Machado/GI)

 

No parque arborizado que rodeia o complexo, e por onde passa a ribeira da Bouça Nova, está instalado um bar de apoio às termas, perfeitamente encaixado, de modo a deixar apreciar a natureza envolvente, e onde se pode petiscar ou até pedir uma garrafa da cobiçada Águas de Melgaço, engarrafada pela primeira vez em 1885, e que dificilmente se encontra à venda fora da região.

LAZER
Há ainda um parque infantil e vários passeios pedestres que acompanham os cursos de água, com bancos de jardim para descansar na tranquilidade daquele pulmão verde.

FICAR
Alvarinho Houses
A menos de 10 minutos do parque termal, num terreno de dois hectares, com piscina ao ar livre e uma vinha, encontram-se as Alvarinho Houses, duas habitações de estilos muito diferentes, mas onde não falta o conforto e o sossego para um bom descanso. A Casa Clérigo (T2) é a mais tradicional, toda em pedra amarela, enquanto que a Casa das Vigotas (T3) apresenta um desenho mais geométrico e é toda feita em betão. No interior de ambas predomina a madeira e uma decoração minimalista.

COMER
Adega do Sossego
A Adega do Sossego, nascida em 1991, é cozinha de referência no concelho, afamada pela comida regional de confeção irrepreensível, pelo atendimento familiar e o alvarinho da casa. O bacalhau assado, o galo de cabidela (por encomenda) e a vitela grelhada fazem as honras à mesa, assim como o cabrito que, fora da época da lampreia, é a estrela dos almoços de domingo. À comida caseira e ao vinho de produção própria junta-se o ambiente rústico e acolhedor da sala que, como se adivinha, já foi adega, e continua a ser um sossego.

Adega do Sossego (Fotografia: Rui Manuel Fonseca/GI)

 

VISITAR
Quinta de Soalheiro
Numa visita ao Soalheiro, a primeira marca de alvarinho de Melgaço, há várias propostas para conhecer a quinta, os vinhos e a região: passeios na vinha, visitas à adega, provas ao ar livre.
A que se podem juntar experiências gastronómicas na Quinta de Folga, onde se produz fumeiro tradicional. A quem não for pelo vinho, ou vá acompanhado de crianças, sugere-se ainda conhecer a plantação de aromáticas da quinta e provar as infusões de plantas biológicas que ali produzem, como a lúcia-lima, a hortelã verde e a perpétua-roxa, com queijos e compotas locais a acompanhar.

Algo está a fazer com que o sistema não consiga mostrar a ficha ténica desejada. Pedimos desculpa pelo incómodo.




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