O Criptopórtico Romano de Lisboa, situado por baixo da zona da Rua da Prata, na Baixa, vai voltar a abrir ao público nos dias 17, 18 e 19 de abril, confirmou o Museu de Lisboa à revista Evasões. As inscrições para as visitas guiadas vão poder ser feitas duas semanas antes, numa plataforma online criada para o efeito, e é provável que esgotem, à semelhança do que aconteceu noutros anos.
A ligação para aceder à plataforma de inscrições será disponibilizada no site do Museu de Lisboa, na newsletter do museu e na página oficial no Facebook. Nessa plataforma cada pessoa pode escolher a data e horário em que pretende fazer a visita às galerias, tendo três dias úteis para levantar o bilhete (máximo de quatro bilhetes por pessoa) nos núcleos do Museu de Lisboa Palácio Pimenta, Santo António e Teatro Romano, das 10h às 19h.
(Fotografia de João Silva/GI)
Quem não conseguir inscrever-se nas visitas guiadas pode esperar três dias, altura em que “os bilhetes que não foram levantados ficam de novo disponíveis na plataforma”, explicou a mesma fonte. Cada bilhete custa três euros por pessoa e dá acesso a uma visita guiada de 25 minutos às galerias romanas, que vão estar abertas dia 17 abril das 16h às 19h e dias 18 e 19 das 09h às 18h30. É apenas necessário comparecer na Rua da Conceição quinze minutos antes do horário da visita.
Além das visitas às galerias subterrâneas haverá outros percursos, entre as referidas galerias e outros núcleos do Museu de Lisboa, e outros. As incrições podem fazer-se através do email [email protected]. A data de abertura deste sítio arqueológico coincide com o Dia Internacional dos Monumentos e Sítios, assinalado a 18 de abril.
(Fotografia de João Silva/GI)
As galerias romanas da Rua da Prata datam de inícios do século I d.C. e foram descobertas no subsolo de Lisboa em 1771, após o terramoto de 1755. A sua função, porém, continua em debate por parte dos especialistas, acreditando-se que terão servido de “plataforma horizontal de suporte à construção de edifícios” públicos de grande dimensão.
Por se encontrarem debaixo de mais de um metro de altura de água (em virtude da existência de lençóis freáticos), as galerias são esvaziadas, “numa complexa operação” com a ajuda dos bombeiros, para se tornarem acessíveis. As visitas realizam-se, por isso, somente em abril e setembro, havendo um projeto em curso para as tornar um museu aberto ao público todo o ano, com uma componente interpretativa.
