01 | ESQINA COSMOPOLITAN LODGE
Ponto de encontro com as artes
Hotel, gastrobar, terraço, espaço para exposições e residências artísticas, tudo isto se encontra no Esqina Cosmopolitan Lodge, aberto em agosto num edifício entre a Baixa e Alfama. O projeto começou a ser pensado por Pedro Borges, Diogo Martinez e José Maria Pereira, que alimentam gostos pela arte, a música e o surf, e primeiro deu origem ao Esqina Urban Lodge, na Baixa, um hotel de 20 quartos. Enquanto a ideia aí foi convidar os hóspedes a viver a cidade com uma agenda eventos na mão, neste segundo Esqina a intenção foi trazer Lisboa para dentro, através de uma forte componente artística e de lazer.
A primeira montra é o Esqina Gastro & Cocktail Bar, que tem uma carta sazonal. Depois pode-se explorar o hotel de 35 quartos, um pátio interior fechado e um terraço. O Basement, por sua vez, foi pensado para acolher oficinas, exibições de filmes, aulas de culinária, ioga imersivo e sessões de poesia.
02 | LAPO
Loja, restaurante, bar e sala de espetáculos
A arte, a cultura e a gastronomia fundem-se no Lapo, aberto em julho no bairro da Bica pelas mãos do casal Bruna e António Guerreiro, ela, ilustradora e designer gráfica; ele, “cinéfilo”. O projeto começou pela criação da marca, que vende t-shirts com ícones e frases portuguesas cheios de ironia, e rapidamente cresceu para um espaço cultural aberto à comunidade do bairro, e não só aos turistas estrangeiros.
No piso térreo funciona a loja, cujo vestiário tem uma porta secreta que dá acesso à Sala Provador, em que sobem à cena jantares com espetáculo – a programação é mensal e inclui comédia, performance, teatro, dança e concertos. No piso de cima encontra-se o Café Lapo, que se destaca pela decoração, pelo piano na sala e pela oferta de cocktails “antídotos” feitos pelo bartender Pedro Lopes. Tanto aí como num pequeno pátio interior se pode petiscar. Já nos finais de tarde de sexta-feira e sábado, a música sobe de tom.
03 | PIKIKOS
Ser sustentável desde pequenino
Chama-se Pikikos e é uma loja, cafetaria e cabeleireiro para adultos e crianças. O nome, esse, surgiu da forma como a filha de Natasha Calem, dona do espaço, dizia “pequeninos” quando era mais pequena. A mãe, que já tinha um vasto percurso na área da responsabilidade social, começou por pensar em criar uma quinta pedagógica, mas a ideia de abrir um cabeleireiro infantil no centro da cidade venceu.
As crianças adoram sentar-se na cadeira de cortiça em forma de elefante e os adultos também podem cortar o cabelo ali. Enquanto se espera, pode-se beber um café de especialidade, um capuccino ou comer uma torrada ou taça de granola. E passou a haver almoços diários de comida asiática vegetariana ou vegana.
A venda de produtos sustentáveis, como roupas, acessórios e cosmética, completa o projeto, que se rege pelos 17 objetivos de sustentabilidade da ONU. Por cada criança que corte o cabelo, Natasha oferece uma semente para ajudar a reflorestar o país, em parecia com a associação Plantar uma Árvore; e dá oportunidade a uma criança carenciada de cortar o cabelo por cada outra que lá vá três vezes seguidas.
04 | COLLECT
A nova morada da música
Beber um copo e comer um hambúrguer enquanto se assiste a um programa de rádio ao vivo é agora possível no novo Collect, aberto na Rua Nova do Carvalho, no Cais do Sodré, em Lisboa. É um espaço “pioneiro” ao juntar debaixo do mesmo teto uma hamburgueria/bar, uma rádio online e uma loja de discos de vinil e t-shirts e ajuda a cruzar artistas com pessoas de fora do mundo da música, conta João Maria, um dos responsáveis pelo espaço.
A Collect Radio, transmitida ao vivo no Facebook e em diferido num canal de Youtube, acontece no primeiro andar e são os mentores do projeto que fazem a curadoria dos artistas que participam, “seja para fazer um DJ set, um live act ou uma entrevista”. E até há tempo para recuperar o programa Ultraleve, que Mariana Barosa, também sócia do Collect e DJ, trouxe da rádio Oxigénio. Em baixo, não se comem apenas hambúrgueres, mas também entradas e saladas, assim como há uma ampla carta de bebidas para começar, ou prolongar, a noite na Rua Cor de Rosa.
05 | O PURISTA – BARBIÈRE
Uma viagem no tempo acompanhada de petiscos
Nuno Mendes recorda-se de visitar este espaço ainda pequeno, na companhia do avô. Era então o alfarrabista A Barateira, “cheio de livros até ao teto”, e que viria a fechar definitivamente, anos mais tarde. Em 2014, quis o destino que o empresário, hoje com 40 anos, se voltasse a cruzar com esta morada enquanto procurava um espaço para o lançamento pop-up da marca de cerveja belga Affligen em Portugal. E aquilo que era para durar um mês tornou-se um gentlemans club por direito próprio, quando Nuno assumiu o projeto.
Da livraria ficaram o balcão original – de onde se tiram cervejas artesanais, portuguesas e estrangeiras, à pressão – e algumas estantes com livros. Gins, uísques e runs envelhecidos completam a oferta. “Há quem venha para beber um copo, para cortar o cabelo ou para as duas coisas”, conta. Enquanto se espera pela vez na barbearia, pode-se jogar uma partida de snooker. E de quinta a sábado a partir das 22h, há um DJ que passa música entre o deep house, o funk e música dos anos 1980, consoante o espírito do público.
06 | CASA INDEPENDENTE
Dois bares com muita arte
Já lá vão sete anos, comemorados a 19 de outubro último, desde que Inês Valdez e Patrícia Craveiro Lopes abriram as portas da Casa Independente, num edifício do século XX, pertencente à Casa da Comarca de Figueiró dos Vinhos, no Largo do Intendente. Sendo hoje um dos bares mais concorridos da cidade, é na verdade mais do que isso, como ponto de encontro entre uma comunidade de artistas, lisboetas e turistas estrangeiros.
O bar, com uma estética vintage e descontraída, funciona no piso de baixo e tem cervejas, cocktails e outras bebidas. Há quem esteja por ali; outros preferem trabalhar no computador abrigados no pátio interior, decorado com luzes. Os uso do espaço é livre e pode estender-se ao salão, que quando não é sala de estar é palco de concertos e DJsets, com capacidade para mais de uma centena e meia de pessoas.
Por cima funciona o Andar de Cima, um bar de cocktails mais tranquilo, cheio de recantos e memórias de uma antiga clínica médica. Comum a todo o ambiente surge a vertente artística, assegurada por residências artísticas que podem durar três meses, e que resultam em concertos, performances e exposições afixadas nas paredes.
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