Lapo: uma loja, café e restaurante com espetáculos na Bica

Lapo: uma loja, café e restaurante com espetáculos na Bica
O Lapo junta loja, café/bar e restaurante com salas de espetáculo. (Fotografia: DR)
A Bica tem um novo espaço que pretende ser um ponto de encontro de artistas, residentes e forasteiros na capital, em torno do que melhor alimenta o corpo e a alma.

A caricatura de um rosto inchado de Donald Trump – legendada com “Sometimes amnesia can be a blessing” – é suficientemente provocadora para despertar um sorriso e uma reflexão. E é apenas uma das ilustrações de Bruna Guerreiro, ela que, em conjunto com António Guerreiro, fundou a marca Lapo. O nome fica no ouvido e representa um espaço dedicado às artes, à cultura e à gastronomia, aberto em julho no bairro da Bica.

Quem diz uma crítica ao presidente dos Estados Unidos, diz uma homenagem à mítica figura do Senhor do Adeus, o lisboeta que até aos 80 anos combateu a solidão acenando aos automobilistas no Saldanha. As inspirações do casal – ela, ilustradora e designer gráfica; ele, “cinéfilo” – são portuguesas, mas não clichés: não há elétricos nem guitarras (ainda que haja um Santo António), antes desenhos divertidos e provocantes, todos a preto e branco e de traço minimalista.

Na Loja Atelier vendem-se t-shirts com ilustrações provocantes, e não só. (Fotografia: DR)

As t-shirts, cartazes e azulejos são de autoria própria e a única exceção são as esculturas que ali vendem de artistas plásticos do Gerês. A loja, de resto, espelha bem a filosofia sustentável da Lapo ao recuperar parte das paredes da padaria que ali funcionou, assim como outras peças de mobiliário aproveitadas noutras áreas do projeto.

O provador onde os clientes experimentam a roupa seria apenas isso, se de quarta a sábado à noite a parede atrás das cortinas não se abrisse para a Sala Provador. Dotada de outro ambiente, é nela que têm lugar sessões de jantar e espetáculo (com programação mensal), com performance, teatro, dança e concertos no palco e pratos de cozinha tradicional portuguesa, do chef João Pronto, na mesa.

Na Sala Provador têm lugar jantares e espetáculos. (Fotografia: DR)

O terceiro espaço da trilogia da marca é o Café Lapo, onde António explica que a ideia de criar a Lapo como “veículo das ideias” que queriam expressar nasceu com a mesma naturalidade com que em casa bebiam copos de vinho. O bartender Pedro Lopes tem várias bebidas na manga, mas destacam-se os cocktails “antídotos”, à base de produtos portugueses e associados a um excerto de um autor importante. A carta de petiscos portugueses completa a oferta.

Mesmo que não se vá lá para comer, pode-se ficar a beber um copo e a estudar ou a trabalhar. O café/bar respira luz natural e oferece conforto em duas grandes salas e num pátio com uma oliveira e está apto a receber exposições, concertos, conferências e tertúlias. Nos finais de tarde de sexta-feira e sábado, entram em cena sessões musicais com o músico Melo D. Um regalo para o corpo e para alma.

 

Estimular o pensamento

Bruna e António acreditam que “a arte deve ter um caráter interventivo, de consciência social e
política”, e por isso pretendem estimular o pensamento, mais do que entreter quem os visita.

 

Algo está a fazer com que o sistema não consiga mostrar a ficha ténica desejada. Pedimos desculpa pelo incómodo.

 

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