Katla, a série islandesa que nos deixa com a cabeça à roda

Lendas e sobrenatural integram esta que é a primeira produção islandesa na Netflix. (Fotografia: DR)
A primeira história islandesa da Netflix é contada lentamente, mas com uma densidade e um tom de mistério que prendem o espectador desde o início. A vila de Vik, onde a ação se passa, e o vulcão subglacial Katla existem de verdade e emprestam à ação o seu ar soturno.

Apenas 24 atores e apenas 16 deles aparecem nos seus oito episódios. Falamos de “Katla”, a nova série original da Netflix que mistura ficção científica e sobrenatural e que está baseada no folclore da Islândia, onde a sua ação se desenrola. O elenco reduzido não diminui a história, contada a par e passo e envolta em misteriosas paisagens.

Tudo começa um ano depois de o vulcão subglacial Katla entrar em erupção. A sua fúria faz-se sentir constantemente e, apesar de todos os avisos, há um grupo de pessoas de Vik, na costa sul do país, que se recusa a deixar para trás as memórias que aí construiu. A mal ou a bem, a vida destes habitantes vai mudar. Um deles é Gríma, interpretada pela cantora Guðrún Ýr Eyfjörð, uma jovem que não desiste de procurar a irmã desaparecida desde o dia em que o vulcão acordou.

(Fotografia: DR)

Disponível desde o passado dia 17 de junho, “Katla” já se tornou num sucesso. Primeira produção islandesa daquela plataforma de streaming, assume-se como um “projeto único e ambicioso, que estava em desenvolvimento na [produtora] RVK Studios há alguns anos” e que foi adquirido agora pelo gigante norte-americano, contou o diretor Baltasar Kormákur.

No fundo, a história – que optamos por não aprofundar para não revelarmos mais do que o desejável – pode ser vista por dois prismas: pelo lado sobrenatural e pelo lado da lenda. O primeiro envolve extraterrestres, o segundo uma história popular em torno de crianças renascidas.

(Fotografia: DR)

Certo é que tanto Vik como o Katla são reais. “Normalmente, esta pequena vila não é um dos locais mais visitados da Islândia. Chegámos lá e não tinha absolutamente ninguém”, contou Baltasar Kormákur, criador da série, sobre a primeira. Quanto ao vulcão, este é um dos maiores do país. Parcialmente coberto pelo glaciar Mýrdalsjökull, entra em erupção em intervalos de 50 a 80 anos. A última foi em 1918.




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