Jardins da Quinta do Castelo: romantismo puro em Santa Maria da Feira

Jardins da Quinta do Castelo: romantismo puro em Santa Maria da Feira
Jardim da Quinta do Castelo, Santa Maria da Feira. (Foto: André Gouveia/GI)
Uma natureza generosa e exuberante, frondosa e intensa, apresenta-se na encosta de um castelo e muralhas medievais como um bosque de conto de fadas. Os Jardins da Quinta do Castelo, em Santa Maria da Feira, são monumento nacional há mais de um século.

A natureza, aqui, oferece cenários com camélias e sequoias, faias e cedros, flores e plantas, heras que trepam árvores, patos e esquilos, água e terra, sombra e luz. Aqui, por entre ramos, vislumbram-se torres e muralhas medievais, outrora casa de reis e rainhas. Aqui, há segredos para espreitar, cantos e recantos para saborear.

A varanda dos namorados é um deles, tem bancos que imitam troncos de árvores e um belo e imponente pinheiro-manso cravado com juras de amor eterno – corações, nomes, datas. Quantos segredos e confidências terá testemunhado e guardado dentro de si? Daqui vê-se um lago e uma ramada com banco de pedra que tem à sua frente uma gruta artificial de dois andares, encaixada na encosta, de formas orgânicas, um miradouro com vista para a cidade, e uma ponte.

O Jardim da Quinta do Castelo é monumento nacional há mais de um século. (Fotografias: André Gouveia/GI)

Pelo espaço verde há camélias e sequoias, faias e cedros, flores e plantas.

A inspiração veio dos jardins românticos do Porto do início do século passado. Nessa altura, os donos da quinta chamaram a Companhia Hortícola do Porto para que aquele pedaço de terra fosse um extenso jardim abençoado por natureza e com dedo de homem. É monumento nacional desde 1910, tem escadarias e portão antigo à entrada, alamedas ladeadas por plátanos, uma tuia-gigante e um bordo-do-Japão, exemplares de respeito, percursos que serpenteiam a paisagem, bancos de jardim, sobreiros, aveleiras, arbustos, faias de folha vermelha, carvalhos.

Há por ali água a escorrer encosta abaixo, bicharada mais discreta, e anjos de madeira do escultor Paulo Neves. Aqui há silêncio em estado puro, natureza no seu esplendor. Por entre a vegetação, vê-se a antiga casa da Quinta do Castelo, agora um jardim de infância, o Inatel, a sede dos escuteiros.

A inspiração veio dos jardins românticos do Porto do início do século passado.

A história é de um espaço durante anos e anos em mãos privadas, de acesso privilegiado ao castelo que, entretanto, passou para o domínio público e tem sido palco do Perlim e da Viagem Medieval. Os segredos, esses, são os que se quiserem descobrir por entre tanto verde e outras tonalidades que emergem consoante a época do ano.

 

O que visitar: o castelo

É um dos mais distintos monumentos portugueses pela forma como mostra a diversidade de recursos defensivos utilizados entre os séculos XI e XVI. Peça única da arquitetura militar portuguesa. À entrada, há uma capela hexagonal. Lá dentro, uma praça de armas, a torre de menagem e a torre do poço em granito com oito janelas fechadas, acesso exterior com 136 degraus, poço com 33,5 metros de profundidade. Do alto das muralhas, uma vista panorâmica sobre a cidade.

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