Esta livraria de Cascais entrega caixas com conteúdo surpresa

O recheio da primeira "caixa fora da caixa", entregue em fevereiro. Fotografia: DR
A livraria Indie, Not a Bookshop é tão independente, tão independente, que nasceu durante a pandemia, graceja Francisca Prieto, que criou o projeto com a amiga Maria Faria de Carvalho, na Fortaleza da Cidadela de Cascais, no primeiro confinamento. Já neste, lançou a “caixa fora da caixa”, com conteúdo surpresa, entregue, mensalmente, em casa dos leitores.

A primeira “caixa fora da caixa” chegou aos subscritores do serviço, pela primeira vez, em meados de fevereiro. Continha um livro (“Comunidade”, de Ann Patchett), uma máscara alusiva ao pintor surrealista Magritte, uma tisana “para acompanhar momentos de conflito entre personagens” e outros mimos, porque Francisca e Maria fazem questão de atentar nos pormenores – e de manter o bom humor.

Para encomendar a segunda caixa, que deverá chegar aos leitores aderentes entre os próximos dias 13 e 15, basta contactar a Indie, Not a Bookshop até ao final desta semana. Há versões em português e em inglês. O custo é de 28 euros (mais 3,5 euros de portes de envio, para quem viva fora de Lisboa/linha de Cascais), ou de 80 euros, para subscrições de três meses.

O que cada caixa leva dentro é surpresa, mas Francisca Prieto dá pistas: não pode faltar o livro do mês – uma obra que não seja novidade, de um/a autor/a a quem as livreiras reconheçam valor literário, mas que tenha passado despercebida; um objeto ligado ao universo da leitura, geralmente do foro artístico; e qualquer coisa para trincar. Complementarmente, seguem alguns elementos simbólicos – a caixa de estreia incluiu uma polaroid e uma carta que Andy Warhol recebeu de um grande museu, a rejeitar a sua oferta de um quadro, alegadamente, por falta de espaço.

“Trabalhamos sempre com sentido de humor e proximidade com os clientes. Achámos o confinamento a altura ideal para lançar a ‘caixa fora da caixa’, para dar alguma alegria às pessoas”, diz Francisca, esclarecendo que a livraria aposta em “livros bons do ponto de vista literário, que não precisam de ser de uma intelectualidade extrema”. Claro que não é possível agradar a toda a gente, reconhece, por isso, se os clientes não ficarem safisfeitos com a caixa, podem devolvê-la no prazo de 15 dias, desde que esteja intacta.

A Indie, Not a Bookshop gira em torno de três grandes eixos, prossegue a livreira. O primeiro são os livros autografados por autores nacionais e internacionais, porque se pretende aproximar os leitores desses criativos, que tantas vezes chegam à Cidadela ao abrigo de residências artísticas ou retiros de escrita. O segundo eixo são os títulos em língua estrangeira, sobretudo inglesa. O terceiro, e último, são “os livros que ninguém sabe que existem” e encantam quem lhes deita a mão. “É isso que tentamos ir buscar.”

(Fotografia: DR)

 

Algo está a fazer com que o sistema não consiga mostrar a ficha ténica desejada. Pedimos desculpa pelo incómodo.




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