Igreja Paroquial de Nossa Senhora da Boavista: arte, luz e movimento

Igreja Paroquial de Nossa Senhora da Boavista, no Foco, Porto. (Fotgrafia de Artur Machado/GI)
Os vitrais de Júlio Resende são só um dos motivos para visitar este espaço no Foco, Porto, que exibe peças de diferentes artistas. Projetada pelo arquiteto Agostinho Ricca, atrai estudiosos de países distantes.

“Muita gente passa e nem se apercebe de que é uma igreja”, diz o padre Feliciano Garcês, no exterior da Igreja Paroquial de Nossa Senhora da Boavista, integrada no parque residencial apelidado de Foco. Essa urbanização da autoria dos arquitetos Agostinho Ricca, Magalhães Carneiro e João Serôdio, nascida em terrenos da antiga fábrica de tecidos William Graham, além de galerias comerciais, chegou a incluir hotel e cinema, entretanto encerrados. Já a igreja, com assinatura de Agostinho Ricca, tem muitas celebrações, muito movimento, segundo o pároco: além dos fiéis, que ocupam os 650 lugares sentados em quase todas as missas, há os estudantes de arquitetura que vêm de diferentes países para admirar as linhas daquele edifício de betão à vista, inaugurado em 1981.

“Esta igreja não tem ponta de distração, é tudo muito limpinho. Tem só o essencial e é muito funcional”, elogia Feliciano Garcês, enquanto mostra o espaço, na companhia de Carlos Coelho, engenheiro que esteve ligado à construção da paróquia, por fases. “A grande virtuosidade é a luz natural e a ornamentação”, refere ainda, apontando os vitrais coloridos do mestre Júlio Resende, autor de diversas obras expostas – das peças de cerâmica que representam a via-sacra à imagem de Cristo no batistério (uma das zonas por onde irrompe a claridade diurna, dispensando o recurso à luz artificial), sem esquecer o tapete que conduz ao altar.

Por ali se encontram, ainda, trabalhos de outros artistas. Por exemplo, na Capela do Santíssimo Sacramento, que antes estava separada por uma porta, brilham peças do escultor Zulmiro de Carvalho (a figura de Cristo e o sacrário) e do pintor Francisco Laranjo (o altar e o ambão). E o órgão de tubos ibérico tem a marca de Manuel Casal Aguiar. O padre de bom grado orienta os visitantes e, mesmo fora do horário oficial, basta tocar à campainha, que alguém há de abrir a porta.

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