Grândola: passear na praia da Comporta, entre dunas e famosos

A praia da Comporta está associada a uma certa exclusividade. (Fotografia: Leonardo Negrão/GI)
A Comporta tem gozado a fama e o proveito de ser frequentada por portugueses e estrangeiros com poder de compra, mas as suas condições naturais de excelência para o veraneio atraem todos os banhistas. A oferta à volta da praia contribui para isso.

Ondulação amiga dos banhistas, vento favorável à prática de kitesurf e windsurf, água do mar a 19 graus, bandeira azul, estacionamento e restaurantes de topo. Não falta nada à praia da Comporta, um dos dez areais que se estendem por 45 quilómetros no concelho de Grândola, frente ao Atlântico.

É o maior areal contínuo do país e o terceiro maior da Europa. Procurada amiúde por gentes endinheiradas e acessível apenas de carro (com travessia de ferry-boat entre Setúbal e Sol-Troia ou dando a volta pelo IC1 e N235 em Alcácer), esta praia sempre foi associada a uma certa exclusividade – mas não escapa à confusão típica da procura elevada em dias quentes. Longe da concessão, quem deixa o carro na berma da estrada (entre Comporta e Troia) e atravessa a pé o cordão dunar depara-se com quilómetros de areia branca, águas cristalinas e puro sossego.

Foi este cenário selvagem que levou Madonna a descrever a Comporta como um “paraíso”, enquanto passeava a cavalo na areia durante a sua estada em Portugal. Como ela, muitas outras figuras internacionais têm morrido de amores pela região: os designers Philiipe Starck e Christian Louboutin (que tem um hotel em construção em Melides), a cantora Carla Bruni e o marido e, mais recentemente, George Clooney, que planeia construir uma moradia de luxo em Melides.

Não faltam pergaminhos à praia da Comporta, cuja fama se estende à vila, a dois quilómetros: o mais recente veio do espanhol La Vanguardia, que lhe chamou “a praia mais chique da Europa”. A fusão entre a simplicidade do lugar e o luxo descontraído tornam a região especial.

Como ir? De norte, pela A1, A13 e N253 em Alcácer. Do sul, pela A2, IP8 e EN261. De Setúbal, de ferry-boat até Troia e EN253-1 ou pela A2 (ou IC1) e EN253 em Alcácer.
Acesso a deficientes: sim
Bandeira azul: sim
WC e chuveiros: sim
Estacionamento: sim


O que fazer ao redor da areia

Passear no cais palafítico da Carrasqueira

Não há quem se mostre indiferente perante a beleza arquitetónica deste cais palafítico, de características únicas na Europa. Esta obra-prima da arquitetura popular ergue-se em passadiços de madeira sobre estacas enterradas no lodo e foi erigida nas décadas de 1950 e 1960 como estrutura de apoio às artes de pesca no estuário. Ao pôr do sol, é cenário que atrai dezenas de curiosos e motiva partilhas nas redes sociais. Aberto todo o ano.

(Fotografia: Leonardo Negrão/GI)


Andar a cavalo e beber um copo

Enquadrada por um pinhal sobre os campos de arroz em plena Reserva Natural do Estuário do Sado, a empresa Cavalos na Areia, com 30 bonitos animais, organiza passeios durante todo o ano, com um percurso cénico que vai dos arrozais à praia. A mais recente novidade é o Bar na Areia, integrado no ambiente equestre e cuja carta inclui cervejas Coral e Brisa, champanhe Ruinart, tábuas de queijos e enchidos e outros snacks para antes ou depois do passeio. O espaço aceita reservas e permite ter mesas exclusivas para grupos.

(Fotografia: Paulo Spranger/GI)


Provar os gelados da Gulato

Amendoim choco-melo, abacaxi assado, limão cremoso com manteiga de pistácio e chocolate peruano melgão são os sabores em que os mestres gelatiéres Gonçalo Diniz e Pedro Machado, da Gulato, apostam este verão. Na esplanada/laboratório ampliados, com vista panorâmica sobre os arrozais, servem também taças de gelado, waffles e crepes, incluindo um com gelado de queijo Roquefort. Para as crianças, a novidade são os gulitos (palitos artesanais) com decorações diferentes; e também há uma oferta rotativa de mais de 30 sabores para takeaway.

(Fotografia: DR)


Comer no Cavalariça

Neste restaurante com mesas intimistas dentro das antigas boxes de umas cavalariças da Comporta, o chef Bruno Caseiro e a mulher, Filipa Gonçalves, continuam a surpreender com uma cozinha baseada nos bons produtos nacionais. Além do pão caseiro, a carta propõe croquetes de cachaço de porco alentejano, ostras, rolo de vegetais da época, peixe curado com creme de abacate e leite de tigre e tomate coração de boi grelhado, entre outros, assim como acompanhamentos, sobremesas e bons vinhos. Preço médio: 35 euros

(Fotografia: Francisco Nogueira/DR)




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