Grande Rota Peneda-Gerês: entre camas renovadas e miradouros na vila do Gerês

Grande Rota Peneda-Gerês: entre camas renovadas e miradouros na vila do Gerês
Miradouro Da Boneca. (Foto: Rui Manuel Fonseca/GI)
Na vila do Gerês, onde correm águas termais com poderes curativos, há quartos com vista para a serra que ganham nova vida e cor e um trilho de miradouros para percorrer. De regresso está também um dos pulmões verdes, o Parque das Termas, prestes a abrir.

Ao longo dos próximos dias, estamos a publicar reportagens pelas aldeias e vilas por onde passa a Grande Rota do Parque Nacional da Peneda-Gerês. Esta localidade é uma de várias.

 

É um dos pontos mais altos junto à vila do Gerês para se contemplar a paisagem natural em redor. O MIRADOURO DA BONECA está situado a 750 metros de altitude e é um dos mais populares por estas terras, tendo ganho o nome pelo menir que aqui se encontra erguido, ao qual se passou a chamar boneca por se assemelhar ao formato de um corpo. Daqui de cima, numa sucessão de vários pontos panorâmicos com espaço suficiente para se fazer um piquenique, avista-se a albufeira da Caniçada e todo o vale do rio Gerês, tal como as pontes do rio Caldo.

O acesso ao miradouro faz-se pela estrada M-533, que liga o Campo do Gerês à vila do Gerês, a meio caminho entre ambas e com sinalização na berma. Há espaço para deixar o carro estacionado e o restante caminho – leia-se um trilho de terra batida com cerca de quilómetro e meio – faz-se a pé, entre giestas e campos de vacas a pastar.

O Miradouro da Boneca faz parte de um trilho de miradouros. (Fotografias: Rui Manuel Fonseca/GI)

Este percurso faz parte integrante do TRILHO DOS MIRADOUROS, que percorre, na sua maioria, a encosta oeste do vale do rio Gerês ao longo de nove quilómetros pelos cabeços naturais de granito onde se criaram outros miradouros como o da Junceda, o da Fraga Negra e o do Peneda da Freira, todos parte deste trilho.

Mais abaixo, no centro da vila, há camas renovadas num espaço que soma quatro décadas de história. Começou como casa de hóspedes, foram precursores na zona em detalhes como a inclusão de telefones e casas de banho nos quartos, e foi crescendo com o tempo. Hoje, o HOTEL CARVALHO ARAÚJO tem 23 quartos duplos e triplos, com varandas com vista para a serra do Gerês, reformulados recentemente “para ajudar a preservar os valores do Parque Nacional e promover a natureza do Gerês”, explica Armando Araújo, dono. Assim, os aposentos foram divididos nos quatro temas-pilar da região, com as cores terras a vestir as paredes dos quartos ligados à fauna, os cinzas a dominarem a parte da geologia, o verde a dominar os quartos que apelam à flora e o azul a marcar a hidrologia nos restantes. Afinal, a vila é conhecida pelas suas águas termais, com propriedades que ajudam a tratar problemas ligados à obesidade, hipertensão arterial, diabetes, metabolismo ou reumatismos crónicos.

O Hotel Carvalho Araújo soma quatro décadas, no coração da vila do Gerês.

A unidade hoteleira foi recentemente renovada, focando-se na biodiversidade e geologia do Parque Nacional.

De ressalvar ainda que o hotel está mais sustentável do que nunca, com painéis solares, produtos de higiene orgânicos e novas mesas-de-cabeceira feitas pelo próprio dono, com restos de cedro local. É formado em Direito mas decidiu tomar as rédeas da casa que pertence à família. “Ainda cheguei a exercer mas sempre fui um apaixonado pelo turismo”, conta Armando, enquanto mostra as várias salas de estar com sofás, lareiras, jogos de tabuleiro, livros e revistas antigas que contam as histórias geresianas. À entrada do hotel, a hora é zona de descanso, com um jardim com mesas rodeadas de alfazemas, alecrim, azevinhos e sálvia-ananás. Nas próximas semanas, vai nascer ali ao lado o Gerês Terrace, bar de petiscos com varanda panorâmica onde funcionou, durante largos anos, “O Torga”, um clássico bar da zona.

O Hotel Carvalho Araújo está ainda mais sustentável.

 

Um parque junto às termas

A partir de amanhã, reabre ao público o PARQUE DAS TERMAS, recortado entre montanhas ao longo de dois hectares. No centro da vila, caminha-se à sombra de sequoias, carvalhos e outras árvores centenárias, junto a um lago e dentro de grutas. Este pulmão verde banhado a meio pelo rio Gerês, onde se incluem zona de merendas, mesas de pingue-pongue e parque infantil, está inserido nos terrenos no Hotel Águas do Gerês, que também se prepara para reabrir os serviços de termas e spa. Os termalistas e hóspedes não pagam, mas a entrada para o público em geral é simbólica.

As Termas do Gerês estão de novo abertas ao público. A época termal decorre de maio até outubro. (Fotos: DR)

O Parque das Termas é um dos destinos preferidos das famílias nesta zona do Parque Nacional da Peneda-Gerês.

 

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