Ginny e Georgia: uma nova “Gilmore Girls”

Ginny & Georgia estreia dia 24 de fevereiro na Netflix.
A série "Ginny e Georgia" estreia esta quarta-feira, dia 24 de fevereiro, na Netflix.

“Ginny e Georgia”. “Gilmore Girls”. As iniciais da primeira, série que a Netflix estreia a 24 de fevereiro, e da segunda, que fez sucesso na primeira metade dos anos 2000, são as mesmas. Não sabemos se é coincidência, mas uma coisa é certa: a história que a plataforma de streaming apresenta tem muitas semelhanças com a comédia dramática emitida pela The WB e, posteriormente, pela The CW. Até uma das personagens centrais da trama o afirma, como o trailer de apresentação deixa ouvir. “Somos as ‘Gilmore Girls’, mas com os seios maiores”, diz Georgia à filha, Ginny.

Vamos por partes. É em torno desta mãe e desta filha que gira o argumento da produção. A jovem Ginny Miller tem 15 anos e, tal como muitas adolescentes da sua idade, é insegura e completamente desajeitada. A mãe, Georgia, tem 30 e é irresistível e irrequieta. Depois de anos e anos a saltar de cidade em cidade, esta mulher decide assentar arraiais na pitoresca Nova Inglaterra e proporcionar à filha algo que esta nunca conheceu: uma existência normal e bem mais pacífica do que até então. Claro que, para isso, ela vai ter de perceber que a vida não é apenas bares e copos e carros descapotáveis. Pelo meio, Georgia terá de lidar com o seu passado – que não sabemos ainda qual é, mas temos a certeza que não é pautado pela paz e pela bondade -, que teima em não a largar. E Ginny terá de aprender a que pode descontrair e não ser sempre mais madura do que a própria mãe.

Tal como a relação entre Lorelai e Lory Gilmore (Lauren Graham e Alexis Bledel, respetivamente), também a forma como Ginny e Georgia (Antonia Gentry e Brianne Howey) lidam uma com a outra serve de mote ao argumento. Sarah Lampert, uma das criadoras e produtoras executivas, explicou que a série nasceu da vontade de fazer uma história baseada em “adolescentes reais, emoções reais e honesta”. “As raparigas de 15 anos passam por muitas coisas. Muitas muito. Algo de que falámos muito na sala dos argumentistas é que todas travam uma batalha que não se vê. E embora as nossas personagens tenham falhas, nós tratamo-las com compaixão, que é algo de que o Mundo precisa agora”, explicou. A responsável frisou ainda que objetivo não era “rotular essas personagens de ‘corretas’ e ‘erradas’, nem tão-pouco ‘julgá-las’ e às suas ações, mas explorar as suas áreas cinzentas”.

Debra J. Fisher, que escreveu episódios para êxitos como “The OC”, “Mentes Criminosas” ou “Lei e Ordem: Los Angeles”, e que está também na equipa de criação e produção – quase toda ela feminina -, acrescentou que objetivo final é que “Ginny e Georgia” seja “um passeio divertido e alegre com mulheres, feito por mulheres, e para todos: um passeio que retrata uma relação mãe-filha cheia de nuances e momentos complicados, bem como mostra as camadas de amizade femininas de uma forma que nem sempre são vistas nestes programas”.

As duas protagonistas dividem o palco com o pequeno Austin (Diesel La Torraca), irmão mais novo de Ginny e também filho de Georgia. Doce e inocente, vive para cumprir uma promessa que nada tem a ver com as lutas da família. Ao longo dos dez episódios que compõem a série, ficamos ainda a conhecer mais duas figuras importantes na trama: a vizinha Ellen (interpretada por Jennifer Robertson), uma mãe trabalhadora que diz o que pensa, e Marcus (Felix Mallard). Este é um dos filhos gémeos de Ellen e um daqueles rapazes convencidos, por quem nenhuma jovem se deveria apaixonar. Claro que é mesmo isso que vai acontecer com Ginny!




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