Gaia: passear num aquário museu que nunca fecha

O cientista marinho Mike Weber é o diretor da ELA e um criativo perpétuo. Fotografia: André Gouveia/GI
A Estação Litoral da Aguda faz esta semana vinte anos de existência, de portas sempre abertas ao público. Por ali, já passaram 400 mil pessoas e visitá-la é aprender muito em pouco espaço.

É um aquário sobre a fauna e a flora da costa de Vila Nova de Gaia, desde a praia até 25 metros de profundidade, com todos os peixes e crustáceos que se encontram. É ainda um Museu das Pescas, com equipamento de pesca antigo e recente, incluindo anzóis com milhares de anos, e ainda réplicas de barcos de pescadores da Aguda, construídos pelo mestre António Manarte, natural dali.

É também um lugar de exposições e um pólo de ensino e investigação de Ciências Marinhas do Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar (ICBAS) da Universidade do Porto. O mais interessante sobre este universo que é a Estação Litoral da Aguda (ELA) é que tudo isto acontece em apenas 200 metros quadrados, num edifício de dois pisos na praia da Aguda.

Nos aquários, pode-se apreciar a vida marinha que existe na costa de Gaia, desde a praia até 25 metros de profundidade.
Fotografia: André Gouveia/GI

A estação celebra esta semana vinte anos de existência, com as portas abertas aos visitantes todos os dias – desde 1999, que ali passaram 400 mil. Há quem lhe chame um pequeno oceanário, mas é bem mais do que isso, graças ao carisma do seu diretor, o alemão Mike Weber, investigador e professor do ICBAS, que vive há 40 anos em Portugal.

Entrar ali é como entrar num universo denso e fascinante, onde a nossa atenção gira para todos os lados, desde os apetrechos de pesca suspensos até ao túnel dos aquários, onde nadam dezenas de peixes de várias espécies, em água do mar. Boa parte dos objetos expostos pertencem à coleção particular de anzóis de Mike Weber, que conta com alguns exemplares muito antigos, um deles com dois mil anos, que foi recolhendo nas suas viagens pelo mundo.

Entrar ali é entrar num universo denso e fascinante, onde a nossa atenção gira para todos os lados.
Fotografia: André Gouveia/GI

Há ainda os barcos do mestre Manarte, a recriar, em miniaturas, a frota da praia da Aguda, e muitos apetrechos de pesca. No piso superior, há uma pequena sala dedicada a uma abordagem artística da pesca. Podem ver-se ali duas exposições. Uma delas tem 140 figuras de 40 países que mostram pessoas a pescar, a transportar ou vender peixe – e ainda animais que pescam. Outra é uma exposição de esculturas do próprio Weber.

O lavagante octogenário

Num recanto do museu, há uma pequena mostra de carapaças de crustáceos, que resultam de mudas ou de animais que morreram. a maior de todas é do lavagante Jorge, que viveu no aquário da aguda
e se calcula ter chegado aos 80 anos.

Algo está a fazer com que o sistema não consiga mostrar a ficha ténica desejada. Pedimos desculpa pelo incómodo.

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