Festival do Crato: as visitas e petiscos que valem a pena na vila alentejana

Festival do Crato: as visitas e petiscos que valem a pena na vila alentejana
A vila alentejana prepara-se para receber milhares de festivaleiros durante a 35.ª edição do Festival do Crato, de 27 a 31 de agosto. Até lá, as portas abrem-se aos campistas no domingo e a vila acena com uma mão-cheia de locais a visitar antes dos concertos.

Durante o resto do ano, quem «reina» é a figura incontornável de D. Nuno Álvares Pereira, ele que terá nascido numa das torres do Mosteiro de Flor da Rosa (atualmente pousada), na aldeia homónima. Esta e outras histórias descobrem-se visitando a vila do Crato, composta por casas baixas, algumas delas senhoriais, e muitas marcadas pelas cruzes da Ordem de Malta (primeiro Ordem Militar do Hospital) que, como se sabe, fez do Crato a sua sede. O Museu Municipal explica isto tudo e ajuda a perceber a ocupação humana do território desde a pré-história.

Entre visitas a museus e outros pontos de interesse o que também não falta são boas mesas para petiscar e repor energias, e sítios (dentro e fora do recinto do festival) para conhecer o passado daquele que foi um dos mais importantes centros oleiros do Alto Alentejo. Tudo a tempo de aproveitar o Festival do Crato ao máximo e ainda levar lembranças na memória e na bagagem. Gipsy Kings, Ivete Sangalo, Pedro Abrunhosa e Gavin James são alguns dos cabeças de cartaz do festival que decorre de 27 a 31 na vila alentejana.

 

Algumas paragens:

# Museu municipal
O museu foi instalado num palácio barroco e após oito anos encerrado reabriu ao público em 2017 com um novo projeto museológico distribuído por dois pisos. É o melhor ponto de partida para conhecer a história da vila – da pré-história até ao século XX – e a origem do tão conhecido Prior do Crato (Frei Álvaro Gonçalves Pereira). A exposição é enriquecida com objetos artísticos da vida espiritual e material da vila.
Rua Cavaleiros da Ordem Soberana e Militar de Malta (Crato). Tel.: 245990115
Web: cm-crato.pt/museu.html. Das 10h às 12h30 e das 14h às 17h30. Encerra à segunda. Gratuito.

# Olaria
Rui Heliodoro Rui Heliodoro é o único oleiro em atividade em Flor da Rosa e por estes dias é provável que esteja ocupado com as vendas, graças ao festival. Em todo o caso vale a pena tentar conhecer o espaço dele, testemunho do que foi em tempos um importante centro de produção de loiça utilitária do Alto Alentejo. Dantes produzia-se muito a chamada loiça de água e de fogo (cantis, barris, alguidares para a matança do porco e panelas, entre outras peças), e agora o que as pessoas mais procuram são peças decorativas. Há que reconhecer, contudo, que a aldeia se tem esforçado por recuperar a atividade, por exemplo com a criação de uma escola de olaria.
Rua D. Nuno Alvares Pereira, 58 (Flor da Rosa). Tel.: 933418459

(Fotografia: Orlando Almeida/GI)

# Praça do município
É onde se encontra o Palácio do Grão-Prior, construído pelo arquiteto Miguel Arruda, e do qual só duraram até hoje um janelão e a imponente varanda sustentada por arcos de volta perfeita. Outro dos pontos de interesse é o Palácio Sá Nogueira, assim como o pelourinho onde era exercida a justiça na vila.

(Fotografia: Orlando Almeida/GI)

C(Fotografia: Orlando Almeida/GI)

 

#O Recanto
As migas são um dos pratos fortes desta casa de comida honesta e de serviço rápido e eficaz. Leonilda Durão é quem as faz, só com pão – como «antigamente» – servindo-as com carne frita. Antes disso, vale a pena pedir uma sopa de açorda, vinho a jarro e, depois, escolher entre alhada de cação, enchidos de carne e porco e outras especialidades, nas quais se contam também as sobremesas locais.
Rua D. Nuno Álvares Pereira, 66 (Flor da Rosa). Tel.: 245996112. Web: restauranteorecanto.blogspot.com.
Das 12h às 15h e das 19h às 21h30. Encerra ao domingo. Preço médio: 10 euros

(Fotografia: Orlando Almeida/GI)

#A Mercearia
Neste espaço acolhedor que era uma antiga drogaria, Catarina Rodrigues abriu há três anos uma cafetaria e loja de produtos regionais. Vinhos, cervejas artesanais, broas de mel, biscoitos, bolos, licores, doces, azeites, rebuçados e frascos de mel é o que ali se pode comprar. Na sala ao lado petiscam-se ovos mexidos com farinheira, empadas, rissóis, tibornas e há todos os dias uma sopa diferente. Esta é “a única loja do género em toda a vila”, assegura a comerciante.
Rua José Maria Casqueiro, 6 (Crato). Tel.: 245997295. Web: facebook.com/AMerceariaCrato.
Das 10h às 20h. Encerra à terça.

(Fotografia: Orlando Almeida/GI)

 

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