Evasões leva leitores a provar vinhos em Azeitão

Carlos Cruz e Carlos Lavadinho, leitores da revista Evasões. (Fotografia de Carlos Pimentel/GI).
Carlos Cruz e Carlos Lavadinho não se conhecem, mas partilham algo em comum: além do nome, em algum momento da vida já se cruzaram com a história da José Maria da Fonseca, e ambos venceram um passatempo que lhes deu a oportunidade de participar numa prova de vinhos.

Carlos Cruz e Carlos Lavadinho não se conhecem, mas partilham algo em comum, além do nome: em algum momento da vida já se cruzaram com a história da José Maria da Fonseca (JMF), um negócio de família com quase dois séculos ligado à atividade vinícola. Ambos venceram o passatempo da revista “Evasões” e do “Jornal de Notícias” que levou dois leitores das duas publicações a participar esta sexta-feira numa prova de vinhos, a partir do Wine Corner, um restaurante e wine bar do Grupo JMF, em Azeitão, no distrito de Setúbal.

A iniciativa faz parte das comemorações dos 133 anos do jornal que se assinalam na próxima semana. “Foi muito agradável. Aprendi algo que desconhecia. Tem um sentimento particular porque o meu avô, que eu não conheci, era tanoeiro desta casa. Portanto, eu cresci a ouvir imensas histórias relacionadas com a José Maria da Fonseca”, conta Carlos Cruz, de 61 anos. Para Carlos Lavadinho, o momento serviu para reviver velhos tempos. “Foi uma ótima experiência. A minha infância foi passada em Vila Fresca de Azeitão, aqui ao lado. A fábrica era lá”, recorda saudosista o leitor assíduo da revista “Evasões”, de 55 anos, que veio do Estoril.

O evento foi conduzido pelo crítico de vinhos da “Evasões”, Fernando Melo, e pelo vice-presidente e principal enólogo da José Maria da Fonseca, Domingos Soares Franco, que soma 40 vindimas e 40 anos na empresa de família. À mesa, para prova, estiveram quatro vinhos, entre os quais dois tintos: o vinho Periquita Reserva, conhecido como o primeiro vinho tinto engarrafado em Portugal, e o José de Sousa Reserva, que durante oito meses estagia em barricas novas de carvalho francês e americano. A estes, somou-se um vinho branco, que Domingos Soares Franco reserva para si como especial (Coleção Privada), e, claro, o famoso Moscatel de Setúbal, elaborado a partir da casta moscatel.

“Eu vou bebendo vinhos de todo o país, mas acabo sempre por volta aos vinhos da José Maria da Fonseca”, afirma Carlos Cruz. E vai mais longe: “O moscatel é o meu favorito porque acho que é muito versátil”, acrescenta. Carlos Lavadinho tem outra preferência. “José de Sousa para mim é José de Sousa”, remata.

No final, Fernando Melo, crítico de vinhos, não poupou nos elogios a Domingos Soares Franco pelo papel fundamental que teve no desenvolvimento do setor do vinho em Portugal: “Todas as provas feitas nesta casa são históricas e o Domingos carrega uma tradição enorme”, sintetiza. Para Domingos Soares Franco, que se prepara para abrir a porta à sétima geração, o consumidor dirá ou não se resultou a maneira como reinventou a forma de se fazer vinho no país. “Tendo sempre ouvido falar em viticultura e enologia, decidi que este ia ser o meu caminho. E fui experimentar. Acho que resultou”, finaliza.




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