Basta escrever “EDP – Nova Sede” no campo de pesquisa da aplicação do Instagram para aceder a milhares de fotografias tiradas no edifício da elétrica, que rapidamente se tornou um ícone da arquitetura moderna lisboeta. É um edifício que interpela, como poucos, os amantes da arquitetura, mas também aqueles que, mais distraídos, passam na Avenida 24 de Julho. Impõe-se pela volumetria, mas casa-se com a luz branca do sol; e oferece uma passagem pedonal abrigada entre aquela avenida e a Rua Dom Luís I, em Santos.
(Fotografia: Gerardo Santos/GI)
A nova sede da empresa (Prémio Valmor 2017, um dos mais importantes na arquitetura portuguesa) foi projetada pelo gabinete de arquitetos Aires Mateus para “dialogar com a cidade”, criando “a primeira praça sombreada” de Lisboa”. “É uma tradição que vem desde o Bairro Alto, que foi claramente desenvolvida na cidade iluminista, com a Baixa, em que tudo são enfiamentos perpendiculares ao rio, exatamente para privilegiar essa relação entre a cidade e o rio”, explicou Manuel Aires Mateus à Lusa, quando recebeu o prémio no ano passado.
(Fotografia: Gerardo Santos/GI)
A praça interior abre-se aos arruamentos e dá acesso, por escadarias, às duas torres de escritórios onde trabalham 750 pessoas. É o cenário mais visto nas fotografias identificadas com aquele local por ser ampla, luminosa e criar jogos de sombra e luz através de uma enorme grelha de sombreamento feita de vigas metálicas. Há quem pose no cenário e quem simplesmente tire fotografias seguindo as regras da proporção e perspetiva, duas noções essenciais para fazer um brilharete com o telemóvel.
