(Reinaldo Rodrigues/Global Imagens)
Viver um Santo António diferente
O cenário era esperado. Poucos portugueses e ainda menos turistas. Os fogareiros saíram das ruas, mas continuou-se a ouvir a música popular e a sentir-se a garra de quem ali (ainda) vive e trabalha. Num Santo António como não há memória, fiz questão de manter alguma rotina e passei o feriado em Alfama, entre passeios pelas ruelas cheias de memórias de celebrações anteriores, e duas sardinhas no pão e um branco, junto ao Beco do Pocinho. NC
À praia fluvial do Taboão
Estive dez anos sem voltar a Paredes de Coura, mas só neste malfadado 2020 já lá fui duas vezes – nem tudo é mau. Desta feita, além de ter descansado entre floresta e animais, na Quinta das Águias, tentei fazer um trilho (fui impedida por um zeloso cão pastor) e regressei à praia fluvial do Taboão, onde se realiza o festival de música que deu à terra, com justiça, o título de “Couraíso”. Nunca a tinha visto sem multidões, e isso só lhe acentuou a beleza. CF
Jantar o menu de degustação do Shiko
Passei todo o tempo de confinamento a acompanhar o chef Ruy Leão no Facebook por duas razões: ele tem um dos bebés mais irresistíveis das redes sociais e porque estava a torcer para que o seu Shiko – Tasca Japonesa conseguisse aguentar-se. Foi memorável para mim a primeira ida ao Shiko, que mudou toda a minha perspetiva e noção dos sabores japoneses. Sem nunca ter ido ao Japão, percebi que havia muita vida além do sushi e que essa vida era muito empolgante para o paladar. Quando começou a fazer takeaway, lamentei um bocadinho viver fora do Porto, mas fiquei com aquela cisma. Há uns dias, a propósito de uma celebração importante, finalmente voltei ao Shiko, que fica na poética Rua do Sol, para outra experiência que não vou esquecer, com um menu de degustação saboreado com o tempero extra do desconfinamento. Agora, estou ansiosa por conhecer o novo projeto do Ruy – e lá irei certamente. DM
