Beatriz Lima formou-se em comunicação e marketing e foi trabalhar para Londres, onde se apaixonou pelas lojas vintage, que revirava em busca de peças diferentes. Quando ia a Portugal, as amigas cobiçavam-lhe as aquisições, e percebeu que havia público para a roupa e os acessórios de outras décadas que selecionava com tanto gosto. Assim surgiu a Yeahllow, uma loja com presença digital que lhe permite pôr os dotes de caçadora de tesouros vintage ao serviço de terceiros. A pedido, procura carteiras de luxo em segunda mão e outras peças específicas. Basta mandar-lhe uma fotografia de inspiração, que ela trata disso gratuitamente.
Beatriz Lima procura peças vintage com ar contemporâneo.
Fotografia: Pedro Correia/GI
Primeiro, Beatriz teve artigos à venda em Vila do Conde, a sua terra, ao abrigo de uma parceria com a loja Bosque. Em julho, criou a loja online e, em novembro, deu-lhe existência física num segundo andar da Rua do Almada, no Porto. Esse espaço de atendimento mais personalizado (por vezes, é preciso tocar à campainha) encerrou portas temporariamente, face à pandemia, mas as vendas continuam pela Internet, com envio grátis para todo o país, incluindo ilhas. Há ainda vales de oferta, caso se queira mimar alguém.
A loja da Rua do Almada encerrou temporariamente, mas as vendas continuam online.
Fotografia: Pedro Correia/GI
A fundadora da Yeahllow é bastante cuidadosa com as peças, todas femininas e únicas, maioritariamente dos anos 1950-90. São lavadas e acomodadas de forma gentil, passando muitas vezes pela costureira para fazer pequenas alterações. Vai buscá-las a cidades europeias como Londres e Paris e tenta que tenham um toque contemporâneo. Há até alguns artigos de luxo, como uma carteira da marca Louis Vuitton, em segunda mão, que tem certificado de autenticidade e custa 500 euros. É o valor mais elevado que se encontra atualmente na loja, cuja oferta começa em 12 euros (brincos de mola).
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- Alguns artigos nunca forma usados, apesar de serem vintage. É o caso dos óculos de sol. Fotografias: Pedro Correia/GI
Alguma mercadoria, sendo vintage, nunca foi usada – é o caso dos óculos de sol da Max Mara e outras marcas de topo, restos de stock que estavam numa ótica e, provavelmente, acabariam no lixo. Este é um projeto de slow fashion, que prolonga a vida dos objetos, dispensa coleções e saldos, sublinha Beatriz: “Consideramos que as nossas peças são bonitas hoje e amanhã. E, como são únicas, ficam à espera da pessoa especial que vai olhar para elas”.
Brincos que foram botões
A Yeahllow vende brincos de mola dos anos 1950/60; mas também outros, para orelhas furadas, feitos pela própria Beatriz Lima com botões antigos que traz de viagens. Estes últimos custam 25 euros.
Algo está a fazer com que o sistema não consiga mostrar a ficha ténica desejada. Pedimos desculpa pelo incómodo.
