Escrivaninha onde Fernando Pessoa se inspirava chega a Museu em Seia

Escrivaninha onde Fernando Pessoa se inspirava chega a Museu em Seia
Museu do Pão.
Alguns objetos de Fernando Pessoa, como a escrivaninha onde se inspirava para escrever, um par de óculos e uma rara primeira edição de "Mensagem" reforçam a oferta do Museu do Pão, em Seia, na Serra da Estrela.

Alguns objetos de Fernando Pessoa acabam de reforçar o espólio do Museu do Pão, o maior complexo dedicado ao tema, em todo o mundo, e que nasceu em Seia, na Serra da Estrela, há quase duas décadas. A começar pela escrivaninha onde o escritor se inspirou para escrever algumas das suas obras, que pertencia à coleção privada da família do autor.

Para além desta relíquia, também uma rara primeira edição de “Mensagem” e um par de óculos usados por Pessoa – estes encontravam-se, até aqui, emprestados à Brasileira do Chiado – integram agora o Museu do Pão, depois de terem sido adquiridos pelo museu num leilão de bens pertencentes à família do escritor. Através dos seus heterónimos, recorde-se, era comum Fernando Pessoa fazer referências ao pão. Alguns destes poemas foram selecionados pelo museu e estão destacados na exposição temporária dedicada à poesia.

Para Graça Reis, diretora do museu, a escrivaninha de Fernando Pessoa e a primeira edição da “Mensagem” são “peças raríssimas de valor cultural incalculável que valorizam a oferta do Museu do Pão, num compromisso assumido com as pessoas que nos visitam, a quem oferecemos o acesso à arte, divulgando e partilhando parte relevante do património cultural e artístico do mais universal dos poetas portugueses, até aqui perpetuado na estátua da autoria do mestre Lagoa Henriques no café A Brasileira do Chiado, em Lisboa, e agora também no Museu do Pão, em Seia”.

Um par de óculos de Pessoa. (Fotografia: Museu do Pão)

Na apresentação das novidades no espólio, o presidente do Turismo Centro de Portugal destacou esta aquisição como “uma homenagem a Portugal”. “Expor os objetos pessoais de Fernando Pessoa é dizer ao mundo que o Centro de Portugal é um território seguro e acolhedor para quem nos queira visitar e que há vida no Centro para além da pandemia”, sublinhou Pedro Machado.

O Museu do Pão funciona entre as 10h e as 18h, de terça a domingo. O bilhete de adulto custa cinco euros, o de reformados quatro euros e o de crianças três euros.




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