Entre lápis, chapéus e sapatos: o Turismo Industrial de São João da Madeira faz anos

Pormenor da fábrica de lápis Viarco. (Fotografia de Ivo Pereira/Global Imagens)
O 11º aniversário tem visitas orientadas ao miolo de fábricas únicas no país, como a Viarco e a Fepsa, até ao fim de janeiro. Neste momento de celebração, o roteiro recebeu uma prenda: o Prémio de Mérito da Society for Historical Archaeology, diretamente dos Estados Unidos.

O Turismo Industrial de São João da Madeira entra na segunda década de vida com um programa de festas que celebra o seu 11.º aniversário. Há visitas orientadas e atividades para comemorar o projeto que mostra o património industrial sanjoanense por dentro, em laboração, tal como é, sem filtros. Todo um património industrial, e não só, para descobrir e conhecer em pouco mais de oito quilómetros quadrados de território.

É uma economia que se mostra, um concelho em laboração à vista num roteiro desenhado à medida, que reúne o que é tradicional e o que é moderno, num percurso especial com características únicas e que tem inspirado outras cidades. Um roteiro turístico que nunca está fechado, permanentemente em construção, com novas parcerias no horizonte para alargar o número de indústrias e sítios a visitar. A preservação do legado arqueológico industrial é, desde o início, um objetivo intocável.

São indústrias que se destacam pela diferença e outras particularidades. A Viarco, a única fábrica portuguesa a produzir lápis no país. A Fepsa – Feltros Portugueses, a única indústria de feltros para chapéus em Portugal. A Cortadoria Nacional de Pelo, que prepara fibras têxteis para as indústrias de chapelaria, feltro industrial e lanifícios. A Heliotextil, que cria e produz etiquetas e fitas rígidas e elásticas, entre outros acessórios. A Bulhosas, na terceira geração familiar, empresa de artes gráficas que dedica a sua atenção a etiquetas autoadesivas em folha e em bobine, em papel e cartolina, entre outras peças.

A chapelaria é um dos pilares deste roteiro.
(Fotografia: DR)

Há mais para ver. A Molaflex, pioneira no fabrico de colchões em molas no nosso país. A Belcinto, focada no design, produção e comercialização de moda em pele de alta qualidade. A Mariano Shoes, de calçado reconhecido cá e lá fora. A Faurecia e os seus componentes para o ramo automóvel. A Monte Campo e as suas mochilas e outros produtos ligados ao desporto e lazer ao ar livre. O Museu da Chapelaria, o Museu do Calçado, a Torre da Oliva e a Oliva Creative Factory, onde se encontra o Centro de Arte Oliva, também cabem neste turismo industrial, tal como a Academia de Design e Calçado, o Centro Tecnológico do Calçado e a Sanjotec – Centro Empresarial de São João da Madeira.

No início do ano, chegou uma prenda especial, ou seja, o Prémio de Mérito da Society for Historical Archaeology. O Turismo Industrial de São João da Madeira passa, deste modo, a ser um dos primeiros quatro projetos portugueses a receberem este galardão internacional atribuído por uma organização educacional, sediada nos Estados Unidos da América, que reconhece gente e organizações que se distinguem na causa da arqueologia histórica.

No último ano, dando continuidade ao processo de afirmação e crescimento do projeto, a Câmara Municipal assinou, com a Entidade Regional de Turismo Porto e Norte de Portugal, a Declaração de Colaboração, no âmbito da dinamização do Turismo Industrial em Portugal. Um documento que confirma o “interesse e empenho das partes na implementação das boas práticas e critérios de conformidade associados aos serviços de turismo industrial, de acordo com o Guia de Boas Práticas desenvolvido pelo grupo dinamizador da Rede Portuguesa de Turismo Industrial”.

O programa de aniversário está disponível nas redes sociais e no site do projeto, através do telefone 256200204 e do email [email protected].

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