Emily In Paris: a nova série light que já enfureceu os franceses

Emily In Paris: a nova série light que já enfureceu os franceses
Do criador de "Sexo e a Cidade", a nova série "Emily In Paris", da Netflix, acaba de chegar e já está a dar que falar, nem sempre pelos melhores motivos.

A série “Emily in Paris” chegou à Netflix no início de outubro e cativou desde logo os espectadores. Ambientada na capital francesa, conquistou pela leveza da história – a de uma especialista em marketing norte-americana que se muda, por questões laborais, para a cidade das luzes – ou não fosse ela a do criador de “Sexo e a Cidade”, Darren Star. Ainda assim, não se livrou das críticas. Nos primeiros dias, esta comédia romântica e dramática alcançou o top 3 das mais vistas da plataforma de streaming, mas reuniu também um grande apontar de dedos, em especial dos franceses.

Os percalços da adaptação de Emily a um novo país contrastam com o facto de a trama representar o seu povo como pouco tolerante e preguiçoso e dar uma visão de Paris que em nada corresponde à realidade. “Os franceses são descritos como arrogantes e mesquinhos quando, na verdade, esta jovem americana chega a pensar que lhes vai ensinar como funciona a vida”, descreve o The Hollywood Reporter. “Entre a boina, os vestidos de alta costura e a belíssima arquitetura, os parisienses tiveram dificuldades em reconhecer aquela que, segundo a série, é um retrato do seu quotidiano”, lê-se na francesa RTL.

Apesar de ser acusada de promover clichês e estereótipos, “Emily in Paris” fica na história da Netflix como a série que veio ajudar a distrair e que proporciona momentos descontraídos e sem compromisso.

E os bastidores estão, claro, repleto de curiosidades. Falamos, por exemplo, do prédio para onde Emily vai morar quando chega à cidade. Situado no número 1 da Place de l’Estrapade, é um edifício construído em 1775 que recebeu o nome de Maison Moreau. No lado esquerdo dessa praça fica a Librairie Portugaise et Brésilienne (Livraria Portuguesa e Brasileira), inaugurada em 1986 pelo professor francês Michel Chandeigne, que morou alguns anos em Lisboa.

Mas há mais. O guarda-roupa que Emily enverga, uma das mais-valias da série, ficou a cargo da figurinista Patricia Field, a mesma de “Sexo e a Cidade” e do filme “O Diabo Veste Prada”. Já a protagonista, Lily Collins, identifica-se com a personagem: “Eu sou apaixonada pelo que faço e amo trabalhar. Deixa-me feliz. A Emily diria literalmente o mesmo, por isso acho que nós somos bem parecidas nesse sentido”, contou. E, assim como Emily, também Collins viveu alguns desaires durante a sua estada em Paris, onde a trama foi gravado no verão de 2019.

O criador Darren Star já afirmou estar disposta a avançar com uma segunda temporada, caso a Netflix a deseje. Os seus planos passam por fazer que com Emily “faça parte da estrutura do mundo onde vive”. “Ela será mais uma moradora da cidade”, adiantou ao site The Oprah Magazine.

A atriz Lily Collins também já disse que gostaria de ver uma continuação. “Houve alturas em que pensámos: ‘Será que a Emily vai sair de França? Será que ela pode ir para a Bélgica ou para Londres? Isso seria muito divertido… O Darren [Star] e eu pensamos que existem tantas oportunidades para ela”, terminou. Resta esperar por uma resposta da plataforma de streaming.




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