Dois festivais para entusiastas de birdwatching

ObservaRia (Fotografia: DR)
Paletras, ateliers e cursos preenchem os programas de iniciativas como o Festival Observação de Aves e Atividades de Natureza de Sagres e o ObservaRia.

O Mundo das aves na ponta de Portugal
Aconteceu no passado mês de outubro a 13ª edição do Festival Observação de Aves e Atividades de Natureza de Sagres, que arrancou com as inscrições esgotadas. A este evento, que decorre anualmente no Forte do Beliche, têm chegado cada vez mais participantes, e de áreas cada vez mais variadas do Globo. O festival não se fica por saídas de campo para observar as aves. Durante o evento, há diversos cursos, palestras e ateliers, para que os vários entusiastas do birdwatching possam aprofundar conhecimento e, também, trocar ideias. Parte do trabalho das associações de proteção da avifauna passa pela monitorização das espécies e o festival aproveita o acumular de voluntários num mesmo local para dinamizar sessões de anilhagem e de contagem de indivíduos. Passeios de barco, caminhadas, cursos de fotografia, visitas guiadas históricas ou observação de golfinhos fazem também parte da lista de afazeres durante o festival, mantendo sempre a preservação ambiental como foco. Para o ano há mais.

Observar a Ria de Aveiro na primavera
O ObservaRia, em Estarreja, teve o ano passado a sua quinta edição. Em condições difíceis, devido à pandemia, só pode ser realizado virtualmente. A edição do próximo ano será, “se tudo correr bem”, diz Eduardo Mendes, biólogo do município de Estarreja, “o regresso à normalidade”. Programado para o terceiro fim de semana de abril (de quinta-feira, 20, a domingo, 23), a sexta edição ainda não tem programa fechado, mas não faltarão atividades, entre palestras, exibições de documentários, talks, workshops e exposições. “Temos sempre convidados – fotógrafos de natureza, comunicadores de ciência e investigadores – para abordarem várias temáticas, mas as aves são o foco principal”, conta. Não vão faltar saídas de campo na Ria de Aveiro, onde se poderão observar aves emblemáticas como a garça-vermelha, “muito rara em Portugal, mas que tem na ria aquela que é provavelmente a maior colónia de nidificação da espécie no país, durante a primavera e o verão”. O tartaranhão-ruivo-dos-pauis, “uma ave de rapina típica de zonas de húmidas é também relativamente comum na zona de Aveiro, apesar de estar ameaçada em termos globais”, afirma. O rouxinol-pequeno-dos-caniços e o rouxinol-grande-dos-caniços são outras das espécies que por ali andam na primavera. As atividades do festival são gratuitas.




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