Dicas para começar a escrever durante o confinamento

Dar largas à escrita pode ser uma terapia durante o confinamento. (Fotografia: DR)
A escrita pode ser uma ajuda para viver melhor os tempos de reclusão doméstica e uma forma de expressão que nos liga ao mundo e às outras pessoas. Se sente o apelo da escrita, aproveite esta época incomum para explorar o escritor que há em si. Enfrente o medo de começar, confie nas suas histórias e leia alguns livros para se inspirar.



1# aceite que começar é difícil

Começar a escrever é difícil, por isso alivie o peso desse arranque. Quando se debater com a folha (ou ecrã) em branco, pense nisso como um aquecimento, como se estivesse a aquecer os dedos para tocar viola ou a fazer alongamentos para ir nadar ou correr. Escreva o que lhe vier à cabeça, comece a anotar ideias, deixe as frases sair: está a aquecer a ligação entre o pensamento e a escrita. Não considere definitivo aquilo que escrever nessa fase, nem se martirize se não sair bem: recomece, reescreva, edite, reconstrua o texto – ele vai fluir.

 

2# escreva sobre o que é banal

Há pessoas dotadas de formidável imaginação, porém a maioria de nós é muito mais capaz de escrever sobre o que está ao nosso redor. Não receie escrever sobre o que considera banal, o seu quotidiano, as suas histórias comuns – quantos livros maravilhosos tratam precisamente do dia a dia? Os pequenos retalhos de cada um de nós fazem a grande manta de histórias da humanidade, assuma que os seus momentos são valiosos e singulares. Escreva um longo mail a familiares e amigos a contar o que fez, pensou e sentiu – não poupe pormenores, deixe-se demorar a escrever. Faça um diário para deixar aos filhos e, porque não, recupere esse bela tradição das cartas de amor. Se quiser treinar, faça exercícios do estilo: descrever num parágrafo o seu ato de descer as escadas ou uma ida à rua. Preste atenção a tudo o que seus sentido captam e abrace o banal.

 

3# Leia livros inspiradores

Ray Bradbury foi um escritor prolífico, autor da novela distópica Fahrenheit 451 e de um livro inspirador para quem tem o sobressalto da escrita, mas precisa de uma ignição: “Zen e a arte da escrita” (Cavalo de Ferro, 2019, PVP 14,30€). Para criar fogo de escrita, recomenda-se também “Escrever – Memórias de um ofício” do supra conhecido autor norte-americano Stephen King (Bertrand, 2020, PVP 16,60€) ; e ainda “Cem maneiras de melhorar a escrita”, de Gary Provost (Guerra e Paz, 2017, PVP 15,90€).




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