Dar a volta à ilha de Santa Maria a pé: um passeio para 2022

São Lourenço, na ilha de Santa Maria, nos Açores. (Fotografia de Pedro Correia/Gl).
Talvez seja a melhor forma de ser conquistado por este bocado de terra plantado no Atlântico, a que falta alguma da exuberância verdejante das outras ilhas do arquipélago dos Açores. Na ilha de Santa Maria primeiro estranha-se, depois entranha-se.

Santa Maria não nos apaixona à primeira, mas quando lhe viramos costas já estamos a pensar voltar. Descobri-la a caminhar, seguindo o trilho da grande rota, ao longo de 80 quilómetros, durante cinco dias, por locais onde só se consegue chegar a pé, é aposta ganha. O deslumbramento surpreende a cada passo.

Dividido em troços que vão dos 10 quilómetros para o primeiro dia, até aos 22 na derradeira jornada, o trilho está delineado de forma a que todos os dias seja possível dar um mergulho no oceano. Na praia Formosa, nas piscinas naturais da Maia ou dos Anjos, na paradisíaca praia da baía de S. Lourenço, aninhada ao fundo das vinhas plantadas entre pequenos muros de pedra. Depois da descida ao paraíso, é sempre necessário votar a subir o monte. Vale a pena o esforço, mas quem se lançar à aventura deve partir consciente da necessidade de boa preparação física.

Para dormir, os abrigos da Ilha a Pé, um projeto de um francês e de uma mariense, são uma boa escolha. Antigos palheiros recuperados com o que é necessário para um banho revigorante e uma noite confortável, sem agredir a natureza. A eletricidade vem do sol, a sanita em vez de água usa serrim. Garantido está o descanso, um pôr do sol inesquecível e o silêncio apenas interrompido pelo cantar dos cagarros.

 

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